O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, defendeu neste domingo, 25, a implementação de um embargo à venda de armas para Israel, a fim de pressionar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e parar a guerra na Faixa de Gaza.
Albares apresentou essa proposta no início da cúpula do Grupo de Madri, que reúne na capital espanhola representantes de 20 países europeus e árabes que promovem a solução de dois Estados como forma de superar o conflito no Oriente Médio.
O chanceler espanhol afirmou que, na reunião, colocará ações concretas sobre a mesa, a primeira das quais é a suspensão imediata do Acordo de Associação entre a União Europeia e Israel, que se baseia em seu artigo sobre o respeito aos direitos humanos.
“Todos nós temos que implementar um embargo de armas, não pode haver venda de armas para Israel”, acrescentou o ministro das Relações Exteriores, que pediu uma revisão da lista nacional de sanções individuais que cada país e a UE têm.
Albares também indicou que pedirá aos participantes da reunião para a Conferência das Nações Unidas em 17 de junho que façam “um grande movimento” para reconhecer o Estado palestino, para que os países que ainda não o fizeram tomem a medida que a Espanha tomou há um ano.
“O único interesse que todos nós que estamos reunidos aqui hoje temos é interromper essa guerra israelense injusta, cruel e desumana em Gaza, romper o bloqueio à ajuda humanitária e avançar definitivamente em direção a uma solução de dois Estados”, disse Albares, que enfatizou que o silêncio neste momento diante do que está acontecendo é “cúmplice”.
Os ministros das Relações Exteriores de cerca de 20 países árabes e europeus, incluindo Alemanha, Reino Unido, França e Itália, além do Brasil, participam dessa segunda reunião do Grupo de Madri.
Fonte: Exame