Parte da bancada do PDT na Câmara quer discutir o futuro da legenda e defende a saída da base do governo Lula (PT) mesmo com a manutenção do partido no Ministério da Previdência, após a posse de Wolney Queiroz.
Logo que a notícia do pedido de demissão de Carlos Lupi foi divulgada, deputados do partido começaram a discutir em grupos de WhatsApp a necessidade de uma discussão mais ampla.
Nas mensagens as quais a CNN teve acesso, deputados disseram que saída de Lupi “acabava” com o apoio ao governo e colocavam que o ex-ministro era o principal fiador das pautas do Palácio do Planalto.
“Meu compromisso acabou no óleo que fritou nosso líder”, disse um parlamentar nas mensagens ao grupo, se referindo a um processo de “fritura” feito pelo Palácio do Planalto com Lupi, depois da crise da fraude no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Alguns parlamentares alegam que, apesar do “respeito” que existe com o novo ministro Wolney Queiroz, ele não representaria a bancada.
Para esses deputados, o PDT teria que entregar “esse abacaxi”, se referindo ao apoio ao governo.
A principal justificativa é que a forma como foi conduzida a saída de Lupi “desmoralizou o PDT”.
Sob reserva, integrantes da legenda disseram à CNN que as futuras votações do partido vão mostrar a divisão da legenda.
PDT no governo
Com a nomeação de Wolney, Lupi acertou a continuidade da legenda no governo.
Em nota sobre o pedido de demissão, Lupi sinalizou que irá colaborar com o governo.
“Continuarei acompanhando de perto e colaborando com o governo para que, ao final, todo e qualquer recurso que tenha sido desviado do caminho de nossos beneficiários seja devolvido integralmente”, afirmou.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Escolha por nº 2 de Lupi mantém PDT com Lula, mas deixa partido dividido no site CNN Brasil.
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