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Empresas na Reforma Tributária: veja o que muda e como se adaptar

A implementação da reforma tributária terá início a partir de 2026, mas além das mudanças para o pagamento de impostos no consumo, as alterações previstas no sistema tributário brasileiro já devem fazer as empresas de todos os setores se movimentar.

A reforma tributária estará regulamentada e totalmente em vigor a partir de 2033, quando já não haverá mais o período de transição para a unificação de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) no IVA dual: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

Até lá, dúvidas podem surgir quanto à adaptação das empresas para o novo modelo, e a CNN destacou alguns pontos que podem ser úteis para os negócios durante esse período.

Impactos imediatos

Izaias Miguel, co-CEO da V360, plataforma de automação de pagamentos a fornecedores, explica que as empresas vão precisar emitir e receber notas fiscais que já contemplem os novos tributos, ainda que eles não sejam pagos em um primeiro momento.

“Essa exigência representa um grande desafio técnico, já que os layouts dos documentos fiscais serão alterados para incluir cerca de 200 novos campos, demandando integração com sistemas de ERP como SAP, Oracle e TOTVS”, disse.

Caso a empresa não se adeque, o especialista afirma que a companhia pode não conseguir emitir ou receber notas fiscais, o que paralisa o faturamento e os pagamentos e compromete a operação.

“A adaptação envolverá múltiplas áreas — como tecnologia, fiscal e contas a pagar — e exigirá planejamento para que, ao chegar janeiro, as operações de faturamento e pagamento possam seguir funcionando com segurança e conformidade”, acrescentou.

Primeiras adaptações

A V360 aponta que o primeiro passo é montar um plano de transição com a comitês internos multidisciplinares que integrem tecnologia, contas a pagar, faturamento, fiscal e RH.

“Esses grupos devem acompanhar de perto o cronograma de atualizações dos fornecedores dos sistemas de gestão, além de mapear o impacto nos processos atuais, testar os novos layouts assim que forem liberados e planejar a infraestrutura necessária para que todo o ecossistema da empresa funcione de forma sincronizada”, diz.

Já Gilberto Reis, COO na Runtalent, empresa de Digital Solutions que oferece soluções tecnológicas integradas, defendeu o investimento em tecnologia da informação (TI) para estar preparado durante o processo de regulamentação.

Nesse novo cenário, a busca por eficiência operacional se torna ainda mais estratégica — e é nesse contexto que a terceirização de profissionais de TI se mostra ainda mais relevante. Com a reestruturação tributária, trata-se de como um caminho para reduzir custos, impulsionar a inovação e aumentar a agilidade das empresas diante das novas exigências do mercado”, afirmou.

Para Izaias Miguel, é necessário começar a pensar e testar as mudanças neste momento, para não haver falhas operacionais e gargalos logísticos durante a regulamentação da reforma.

“O prazo é curto e o impacto é grande. As empresas precisam agir com planejamento para evitar paralisias e prejuízos. O novo modelo fiscal vai exigir muito mais do que apenas mudar códigos, ele transforma processos inteiros”, declarou Izaias.

 

 

Fonte: CNN Brasil

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