O setor de energia elétrica tem se consolidado como um dos grandes destaques do mercado em 2025. Em um ambiente de incertezas econômicas, o perfil defensivo dessas empresas impulsionou a busca por proteção e estabilidade, refletindo em um forte fluxo comprador nos últimos meses.
Em março, o Ibovespa acumulou valorização de 6,08%, e neste mês de abril segue avançando, com alta parcial de 3,65%. No entanto, o desempenho do índice de energia elétrica supera com folga o benchmark, com ganho superior a 10% em abril, evidenciando o apetite dos investidores pelo setor.
Dentro desse contexto, algumas ações específicas como Copel (CPLE6), Equatorial (EQTL3) e Taesa (TAEE11) vêm se destacando, renovando topos históricos em sequência. Analiso a seguir o cenário técnico de cada papel para identificar se ainda há espaço para novas altas ou se o momento exige maior cautela.
Para entender até onde o preço das ações pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica de Copel (CPLE6)
No gráfico diário, Copel confirma uma estrutura técnica bastante positiva no curto e médio prazo. O papel acumula alta de 13,29% no mês de abril e 28,89% no ano de 2025. O fechamento da última sessão foi com alta de 0,62%, renovando o topo histórico na faixa de R$ 11,47.
A tendência de alta é reforçada pelo posicionamento acima das médias móveis curtas (9 e 21 períodos), que seguem inclinadas para cima. No entanto, o ativo opera atualmente afastado dessas médias, o que, combinado a um IFR (14) em 80,81 — patamar típico de sobrecompra —, sugere que o ativo pode buscar um movimento de correção no curto prazo.
Caso Copel rompa com força o topo atual em R$ 11,47, vejo como próximas resistências as regiões de R$ 11,80 e R$ 12,00, com projeções mais ambiciosas em R$ 12,12 e R$ 12,65.
Por outro lado, se iniciar um movimento de realização, os primeiros suportes estão localizados nas mínimas recentes em R$ 11,28 e R$ 11,14. A perda dessas regiões pode levar o ativo a buscar as faixas de suporte intermediário em R$ 10,90 e R$ 10,45, com um suporte mais importante na média de 200 períodos, em torno de R$ 9,55.
Apesar do risco de correção no curtíssimo prazo, o viés de médio prazo permanece positivo enquanto o ativo se mantiver acima das médias principais.
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Análise técnica de Equatorial (EQTL3)
Equatorial Energia também apresenta uma configuração técnica bastante favorável. Em abril, a ação já acumula alta de 13,03%, com valorização de 32,40% no ano. A última sessão marcou a quarta alta consecutiva, com ganho de 0,61%, renovando o topo histórico na região dos R$ 36,29.
Assim como em Copel, o gráfico diário mostra o ativo em clara tendência de alta, sustentada pelo posicionamento acima das médias móveis e por volume consistente nas últimas semanas. O IFR (14) encontra-se em 74,00 — zona de sobrecompra — o que indica que, apesar do forte momentum, o risco de uma correção técnica também está presente.
Para a continuidade do movimento altista, a superação firme dos R$ 36,29 abriria caminho para objetivos em R$ 36,60 e R$ 37,75, com projeções mais estendidas em R$ 38,25 e até a região de R$ 40,40.
Se houver pressão vendedora, a perda das mínimas recentes em R$ 35,81 e R$ 35,53 pode acelerar a correção, levando Equatorial a buscar suportes em R$ 34,89 e R$ 33,65, com suporte estrutural mais forte na faixa dos R$ 31,80 (média de 200 períodos).
A tendência primária segue de alta, mas a sobrecompra reforça a necessidade de cautela para novas entradas imediatas.
Análise técnica de Taesa (TAEE11)
Taesa também sustenta uma trajetória de alta consistente, embora com ganhos mais moderados em comparação às suas pares. Em abril, a ação acumula valorização de 7,37%, enquanto no acumulado de 2025 sobe 9,98%. No último pregão, avançou 0,47%, renovando o topo histórico na faixa de R$ 36,38.
No gráfico diário, a ação negocia acima das médias móveis com forte inclinação positiva, reforçando o viés comprador. O IFR (14) encontra-se em 73,99, sinalizando um estágio avançado de alta que pode desencadear movimentos corretivos pontuais.
Superando o topo de R$ 36,38, os próximos alvos projetados estão em R$ 36,75 e R$ 37,00, com extensões para R$ 37,30 e R$ 38,20. Em caso de realização, o primeiro suporte relevante aparece nas mínimas recentes de R$ 35,81 e R$ 35,72. Perdas mais profundas poderiam levar o papel a buscar apoio nas regiões de R$ 35,32 e R$ 34,50, com suporte forte em R$ 33,77 (média de 200 períodos).
Embora o risco de correção esteja presente, o padrão técnico de Taesa segue construtivo para o médio prazo.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
Guias de análise técnica:
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