O cardeal canadense Marc Ouellet afirmou nesta terça-feira (6) que o período de reclusão para o conclave representa uma “grande liberdade”.
Em entrevista exclusiva à CNN Brasil, na Praça de São Pedro, no Vaticano, Ouellet falou sobre o período de isolamento, no qual os cardeais se hospedam no Vaticano desde a véspera do conclave e ficam sem comunicação com o “mundo externo” para a escolha do novo papa.
“É uma liberdade, é uma grande liberdade. É uma grande liberdade estar sem comunicação, estar entre nós, rezar a Deus e compartilhar, e por isso é uma experiência positiva”, afirmou o cardeal.
A partir desta terça-feira, os 133 cardeais eleitores passam a se hospedar na Casa de Santa Marta e Santa Marta Vecchia, ambas casas de hospedagem no Vaticano.
Questionado se a experiência de ficar sem contato com o exterior poderia ser benéfica também aos fiéis em um mundo cada vez mais conectado, Ouellet respondeu: “Um retiro de vez em quando, isso é muito bom para a vida cristã, para a vida espiritual.
O isolamento visa garantir que os cardeais se afastem das visões do chamado mundo secular enquanto se preparam para votar.
Por já ter completado 80 anos, o cardeal canadense não tem mais o direito de votar no conclave. Mas ele participou das congregações gerais, audiências que reúnem todos os cardeais para discutir o futuro da igreja. As congregações têm acontecido quase diariamente após a morte do papa Francisco.
“Foi uma assembleia muito interessante durante os dez, 11 dias em que estivemos conversando. E é uma grande experiência de comunhão, de escuta mútua, e acho que trará um resultado frutífero para o corpo cardinalício”, pontuou Ouellet.
O cardeal canadense evitou dar palpites sobre quem será o novo papa. “A expectativa é que obedeçamos ao Espírito Santo e, assim, recebamos com alegria e grande confiança o novo papa que está prestes a ser eleito”, ressaltou.
Este conteúdo foi originalmente publicado em “É uma grande liberdade”, diz cardeal à CNN sobre reclusão para conclave no site CNN Brasil.
Fonte: CNN Brasil