O exame toxicológico deve ser feito por todos os condutores das categorias C, D e E que tiverem que obter, renovar ou alterar a categoria da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Isso é o que determina a Lei Federal 13.103, estabelecida em março de 2015 e chamada popularmente de a Lei do Motorista.
Entretanto, é possível que haja alterações nas regras para o exame toxicológico caso o Projeto de Lei 3965/21 seja sancionado pelo presidente Lula, fazendo com que ele também seja obrigatório para as pessoas que forem obter as carteiras A (moto) e B (carros de passeio).
Caso isso realmente aconteça, cidadãos que fazem o uso de substâncias ilícitas vão ter problemas. Assim, possivelmente algumas dessas pessoas vão buscar alternativas para burlar o exame. Mas, será que isso realmente é possível? A seguir, saiba o que é o procedimento, para que serve, como funciona, quais substâncias podem ser detectadas por meio dele e se é possível burlá-lo.
Leia mais:
- Tipos de CNH: o que cada letra da carteira de habilitação brasileira significa?
- Existe idade máxima para dirigir no Brasil? Veja as regras e restrições da CNH
- Como funciona o golpe de taxa para CNH Digital?

O que é, para que serve e como funciona o exame?
O exame toxicológico é um procedimento realizado para verificar se a pessoa faz o uso de substâncias psicoativas, como drogas, que afetam a capacidade do motorista de dirigir o automóvel.
No procedimento, a pessoa que vai tirar a habilitação C, D ou E precisa ir a um laboratório credenciado pelo Detran para que sejam coletadas as amostras de pelos, cabelos ou unhas. Isso porque ao consumir uma droga, o corpo humano faz um trabalho no qual a corrente sanguínea, a transpiração e a oleosidade da pele transportam e colocam as substâncias nos locais do corpo que possuem queratina.
Por isso, é mais fácil detectar o uso de substâncias ilícitas por meio de unhas, cabelos ou pelos.

Quais substâncias aparecem no exame?
O exame consegue identificar se a pessoa usou drogas no período de três a seis meses antes da data da coleta. Diversas substâncias podem ser detectadas, entre elas:
- Anfetaminas (Mazindol, Dietilpropiona, Femproporex, Anfepramona);
- Metanfetaminas como Cristal, Tina, Ice, Meth e Speed;
- Ecstasy (MDA, MDMA);
- Cocaína e Metabólitos;
- Maconha;
- Skunk;
- Haxixe;
- Crack;
- Merla;
- Codeína;
- Anfepramona.
Vale destacar que o exame não faz a detecção de esteroides, anabolizantes e antidepressivos.

É possível burlar o exame toxicológico da CNH?
A resposta para esse questionamento é bem simples: não. Isso porque o exame, como já citado neste conteúdo, é feito por meio de cabelos, unhas e pelos, locais nos quais as substâncias ficam por um longo período em camadas muito internas.
Sendo assim, se a pessoa pensar em usar algum tipo de shampoo para remover a substância do cabelo ou até mesmo pelos, saiba que isso não será o suficiente para remover o psicoativo.
Além disso, caso o candidato à CNH resolva tirar o cabelo, o laboratório vai procurar por pelos no corpo. Sem contar na possibilidade de utilizar as unhas. Sendo assim, qualquer tentativa de burlar o exame toxicológico tende a ser infrutífera.
O post É possível burlar o exame toxicológico da CNH? apareceu primeiro em Olhar Digital.
Fonte: Olhar Digital