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DWS Brasil: líderes brasileiras se reúnem em Marrocos para debater liderança e transformação social

No meio do deserto do Saara, um grupo de líderes brasileiras se reúne nesta semana, entre os dias 23 e 29 de maio, para repensar carreira, propósito e impacto social. Essa é a proposta do Desert Women Summit Brasil 2025, uma imersão em Marrocos voltada para mulheres que ocupam ou aspiram posições de liderança.

Criado pela empresária Janaína Araújo, fundadora da Lékè RP, o evento combina vivências no deserto, palestras e rodas de conversa para estimular reflexões sobre o papel da mulher no mercado de trabalho, além de fomentar conexões entre profissionais de diferentes setores.

“A ideia é oferecer um espaço de escuta e reconstrução. Quando você está longe da rotina e das pressões diárias, ganha clareza sobre o que quer mudar e como quer liderar”, afirma Araújo.

Por que Marrocos?

Conhecida por representar destinos como Curaçao no Brasil, Araújo decidiu apostar também no turismo de experiência com propósito. A boa relação com o Grupo Xaluca, rede hoteleira marroquina, possibilitou a realização do primeiro Desert Women Summit no sul do país africano no ano passado, na cidade de Errachidia.

“Este é o segundo ano em que o evento passou a reunir empresárias, executivas, investidoras e gestoras públicas para discutir temas como sustentabilidade, inovação, empreendedorismo feminino e saúde emocional em Marrocos”, afirma Araújo, que promete novidades neste ano.

O evento, que já teve edições na França e na Espanha, chega novamente em Marrocos por ser um cenário propício ao autoconhecimento, conta Araújo.

“Aqui é um lugar onde é possível se conectar com a solidão e com o silêncio. O deserto convida a um olhar para dentro. Vamos abordar também a cultura local e provocar reflexões sobre o papel da mulher como líder.”

Exclusivo: projeto social nasce após primeira edição do DWS Brasil

A edição de 2024 do Desert Women Summit contou com a presença de Luiza Helena Trajano e incluiu debates sobre políticas públicas e economia do cuidado.

Entre esses debates, Araújo conta com exclusividade à EXAME que surgiu um novo projeto social que deve começar ainda este ano: levar 60 mulheres brasileiras em situação de violência doméstica para trabalhar por seis meses na ilha de Curaçao. A iniciativa é uma parceria da Lékè com a Fiesp e o governo local, e foi desenhada por Trajano.

“As participantes passarão por uma formação hoteleira no Brasil antes de embarcar. A ideia é que retornem ao país com experiência internacional, renda acumulada e maior autonomia”, diz Araújo.

A seleção será feita por meio de instituições especializadas em acolhimento, ligadas a organizações como o Grupo Mulheres do Brasil, segundo Araújo.

“É uma forma de recomeço. Queremos oferecer um novo horizonte para mulheres que enfrentaram situações extremas e que estão prontas para reconstruir suas trajetórias”.

Autoconhecimento: como ferramentas de transformação

Mais do que um retiro no deserto, Araújo diz que o Desert Women Summit busca criar um espaço seguro para que mulheres compartilhem desafios, encontrem apoio e repensem seus caminhos profissionais com intencionalidade.

“No deserto, tudo o que é excesso fica para trás. Sobra o essencial: quem você é, o que você busca e, principalmente, com quem você escolhe caminhar”.

Fonte: Exame

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