Uma televisão transmite notícias sobre tarifas no pregão da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), em Nova York, EUA, em 7 de abril.
Fotógrafo: Michael Nagle/Bloomberg
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta segunda-feira (7), após o presidente Donald Trump ameaçar impor uma tarifa adicional de 10% aos países que se alinham com as “políticas antiamericanas do BRICS”. Ele também confirmou que as tarifas entrarão em vigor em 1º de agosto, e não em 9 de julho.
Trump havia estabelecido o dia 9 de julho como prazo autoimposto, quando sua “pausa” nas tarifas elevadas de abril voltaria a vigorar.
Em entrevista a repórteres no domingo, Trump e o Secretário de Comércio, Howard Lutnick, foram questionados sobre o cronograma de implementação das tarifas. Lutnick respondeu: “As tarifas entram em vigor em 1º de agosto. Mas o presidente ainda está definindo as alíquotas e os termos dos acordos neste momento.” Ao lado dele, Trump confirmou com um gesto de aprovação.
Estados Unidos
Wall Street acumulou uma semana de ganhos, impulsionada pelo otimismo em relação ao cenário comercial. Na sexta-feira, tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq Composite encerraram o pregão em máximas históricas, refletindo a crescente percepção de que o governo Trump poderá recuar das tarifas mais agressivas anunciadas em abril.
Nos últimos dias, a Casa Branca suavizou o tom e passou a classificar os prazos comerciais de julho como “não críticos”, o que reforçou a confiança dos investidores.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
- Dow Jones Futuro: -0,18%
- S&P 500 Futuro: -0,44%
- Nasdaq Futuro: -0,56%
Ásia-Pacífico
As bolsas da Ásia-Pacífico encerraram majoritariamente em queda nesta segunda-feira, pressionadas por declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre novas tarifas comerciais.
Trump confirmou que as tarifas “recíprocas”, anunciadas originalmente em abril, entrarão em vigor a partir de 1º de agosto para países que ainda não firmaram acordos com os EUA. Em comunicado separado divulgado no domingo, o presidente afirmou ainda que uma tarifa adicional de 10% será imposta a países que “se alinharem com as políticas antiamericanas dos BRICS”, sem fornecer mais detalhes.
A retórica protecionista ganhou força no mesmo momento em que os países do bloco BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — se reúnem no Rio de Janeiro para uma cúpula de dois dias.
- Shanghai SE (China), +0,02%
- Nikkei (Japão): -0,56%
- Hang Seng Index (Hong Kong): -0,07%
- Kospi (Coreia do Sul): +0,17%
- ASX 200 (Austrália): -0,16%
Europa
Os mercados europeus operam mistos em meio a novas ameaças tarifárias dos Estados Unidos, com as ações de petróleo e gás ainda liderando as perdas regionais. Os preços do petróleo caíram após a aliança OPEP+ concordar com um aumento de produção maior do que o esperado.
- STOXX 600: -0,02%
- DAX (Alemanha): +0,31%
- FTSE 100 (Reino Unido): -0,15%
- CAC 40 (França): -0,10%
- FTSE MIB (Itália): +0,08%
Commodities
Os preços do petróleo caíram depois que a OPEP+ surpreendeu os mercados ao aumentar a produção mais do que o esperado em agosto, levantando preocupações sobre excesso de oferta.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, já que novas preocupações com a demanda pesaram sobre o mercado, pressionado pelas restrições de produção em Tangshan, o principal centro de produção de aço da China, e pela persistente incerteza sobre as tarifas comerciais dos EUA.
- Petróleo WTI, -1,07%, a US$ 66,28 o barril
- Petróleo Brent, -0,41%, a US$ 68,02 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -0,68%, a 731 iuanes (US$ 102,02)
Bitcoin
- Bitcoin (BTC), +0,44% a US$ 108.958,00 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
(Com Reuters e Bloomberg)
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Fonte: InfoMoney
