O dólar à vista operava em alta ante o real nesta sexta-feira, à medida que investidores monitoravam falas de autoridades e dados no Brasil diante do fechamento dos mercados dos Estados Unidos por conta de um feriado.
Investidores também seguem de olho nas discussões comerciais do país com seus parceiros, conforme se aproxima o prazo de 9 de julho para os países evitarem a imposição de tarifas mais altas.
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Trump disse nesta sexta que as tarifas que constarem nas cartas entrarão em vigor a partir do dia 1º de agosto e podem chegar a 70% em alguns casos. “Até o dia 9, todos estarão totalmente cobertos”, disse, referindo-se ao prazo de 9 de julho, que marca o fim da pausa das tarifas recíprocas e, consequentemente, do período estabelecido para que parceiros comerciais chegassem a acordos com os EUA e evitassem as tarifas de importação mais altas.
Qual a cotação do dólar hoje?
Às 16h16, o dólar à vista subia 0,32%, aos R$ 5,422 na venda. Na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,16%, aos R$ 5,456.
Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,27%, a R$ 5,4047, na menor cotação desde 24 de junho de 2024.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,422
- Venda: R$ 5,422
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,451
- Venda: R$ 5,631
O que aconteceu com dólar hoje?
Nesta sessão, investidores pareciam estar realizando ajustes em suas posições em meio aos patamares relativamente baixos atingidos pela divisa norte-americana nos últimos dias. Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,27%, a R$5,4047, na menor cotação desde 24 de junho de 2024.
Os movimentos da moeda brasileira ocorriam na esteira da baixa volatilidade do dólar no exterior devido ao fechamento dos mercados norte-americanos no feriado do Dia da Independência.
Com poucos fatores para influenciar os negócios neste pregão, os investidores digeriam comentários de autoridades brasileiras. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participam de evento do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), do Brics, pela manhã no Rio de Janeiro.
Mais tarde, o presidente ainda estará presente na cerimônia de retomada de grandes investimentos da Petrobras na Reduc, em Duque de Caxias, às 11h30.
Ainda na cena nacional, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão dos efeitos tanto do decreto do governo que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), quanto do decreto legislativo que derrubava a medida. A decisão visa frear a escalada de tensão entre os Poderes e abre espaço para uma tentativa de mediação institucional.
Além de paralisar os efeitos práticos dos atos, Moraes convocou uma audiência de conciliação entre representantes do Executivo e do Legislativo para o dia 15 de julho, no plenário do STF, em Brasília. Os dois lados terão cinco dias para prestar esclarecimentos formais sobre os fundamentos que embasaram suas decisões.
No exterior, os mercados devem continuar monitorando as discussões comerciais dos EUA com seus parceiros, à medida que se aproxima o prazo de 9 de julho para que países fechem acordos comerciais a fim de evitar a imposição de tarifas mais altas.
Na véspera, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que Washington começará a enviar cartas aos parceiros nesta sexta especificando as taxas tarifárias que eles terão de pagar sobre as exportações, uma clara mudança em relação às promessas anteriores de fechar dezenas de acordos individuais.
(Com Reuters)
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Fonte: InfoMoney