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Dólar cairá mais? Bancos revisam projeções com moeda nas mínimas em mais de um ano

Dólar cairá mais? Bancos revisam projeções com moeda nas mínimas em mais de um ano

As últimas sessões foram marcadas pela queda do dólar, que trouxeram mínimas para a divisa americana ante o real em mais de um ano, na casa dos R$ 5,40.

Com isso, e também motivadas pelo início do segundo semestre do ano, revisaram as suas projeções para o dólar ao fim desse ano e para 2026, ainda que não vendo grandes movimentações para a segunda metade de 2025.

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Em relatório da véspera, a equipe econômica da XP Investimentos revisou a projeção para câmbio de R$ 5,80 para R$ 5,50 ao fim de 2025. Para 2026, também houve redução na previsão da divisão de análise, de R$ 5,70 para R$ 6,10.

Já o Santander reduziu a previsão para o preço do dólar ao fim deste ano para R$ 5,70, de R$ 5,80 anteriormente, e reforçou a expectativa de uma taxa de R$ 6,00 para o fim de 2026.

Na última semana, o Bradesco também revisou para baixo as projeções para o câmbio.  A equipe econômica espera que o dólar encerre o ano em R$ 5,50 , ante projeção anterior de R$ 5,70. Para 2026, a projeção também passou de R$ 5,70 para R$ 5,50.

O Bradesco avalia que o euro é o principal beneficiado pelo enfraquecimento recente do dólar, apesar da vulnerabilidade do continente às políticas comerciais americanas.

Contudo, o Brasil também é afetado: o ambiente global de expectativas de moderação de crescimento e cortes de juros aumentou o apetite por risco em emergentes.

Cabe destacar que, no primeiro semestre de 2025, o dólar registrou queda de 12% frente o real.

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A XP ressalta que a moeda acompanhou o movimento de pares emergentes, na esteira da depreciação do dólar norte-americano, que teve o pior início de ano desde 1973.

Domesticamente, dois elementos contribuíram para a apreciação do real: a expectativa de reformas fiscais a partir de 2027 e a postura rápida e incisiva do Banco Central no ciclo de alta de juros. “Acreditamos que esse cenário permanecerá”, aponta a equipe econômica da casa.

No entanto, riscos persistem. Do lado externo, é possível haver alguma reversão na desvalorização global do dólar se as incertezas geopolíticas voltarem a se intensificar, avaliam os especialistas. “No Brasil, persistem riscos fiscais que podem tornar a dinâmica da dívida pública insustentável. Ademais, o balanço de pagamentos não está tão saudável como no passado recente, refletindo o “superaquecimento” da demanda doméstica”, pontuam.

Para o Morgan Stanley, o real deve permanecer sensível à volatilidade relacionada às eleições (incluindo a divulgação do orçamento pré-eleitoral de 2026 no final de 2025), apesar do carry trade muito atrativo. No carry trade, o investidor toma dinheiro emprestado barato em moeda forte e depois investe em outra com rendimentos mais elevados.

“Embora seja muito cedo para termos uma visão sobre as eleições gerais do próximo ano, estamos incorporando algum prêmio de risco no 4T25 e no 3T26”, avalia o banco.

E no curto prazo?

Olhando mais para o curto prazo, o diretor de Pesquisa Econômica do Banco Pine, Cristiano Oliveira, que em maio projetava recuo do dólar para R$ 5,40, vê espaço para mais uma rodada de queda da taxa de câmbio.

“Nossos modelos de curto prazo apontam que o ritmo de valorização de real deve diminuir, mas a apreciação segue sendo a tendência pelos próximos dois, três meses. Acreditamos em dólar a R$ 5,33 até meados de agosto”, afirma Oliveira.

José Faria Junior, sócio e diretor da Wagner Investimentos, ressalta que o câmbio deverá reverter a tendência de longo prazo do modelo de alta para baixa na próxima semana.

Sobre o futuro, avalia, há elementos favoráveis para a continuação da queda e há elementos favoráveis para no mínimo para uma recuperação técnica (excesso de posição vendida e sazonalidade do câmbio no Brasil).

“Como o dólar inicia uma tendência de baixa de longo prazo, não seria surpreendente que a cotação continuasse a cair, primeiramente em direção a R$ 5,30 e posteriormente em direção ao atual objetivo de longo prazo do modelo, R$ 5,10”, avalia Faria Junior. Entre os próximos indicadores de atenção, estão os dados de inflação CPI no dia 15 e vendas no varejo no dia 17.

(com Estadão Conteúdo)

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Fonte: InfoMoney

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