Dietas restritivas têm se tornado cada vez mais populares entre aqueles que buscam perda de peso rápida ou aderem a tendências alimentares específicas. No entanto, estudos indicam que essas práticas podem ter impactos negativos significativos na saúde mental. A privação de certos grupos alimentares pode levar a alterações no humor, aumento da ansiedade e até o desenvolvimento de transtornos alimentares.
Além dos efeitos fisiológicos, a obsessão por restrição alimentar pode desencadear comportamentos disfuncionais, como compulsão alimentar e medo excessivo de sentir fome. Pesquisas apontam que indivíduos que seguem dietas restritivas sem acompanhamento profissional apresentam maior risco de desenvolver sintomas depressivos e irritabilidade. Confira a seguir!
Impactos psicológicos das dietas restritivas
Segundo um estudo realizado pela Universidade Federal do Ceará e publicado na Revista de Nutrição, dietas restritivas podem levar ao desenvolvimento de transtornos como anorexia e bulimia. Afinal, a restrição alimentar extrema pode causar desequilíbrios hormonais que afetam diretamente o bem-estar emocional.
Outro estudo realizado pela Faculdade Metropolitana Anápolis identificou que a prática de dietas restritivas está associada a comportamentos alimentares disfuncionais, incluindo compulsão alimentar e uso de laxantes. Além disso, a diminuição da taxa metabólica basal e a obsessão pela alimentação são consequências comuns dessa abordagem alimentar.
Leia mais
- Vive de dieta? Você pode estar estressando seu corpo e boicotando o emagrecimento; entenda
- 10 hábitos que você acredita serem saudáveis, mas não são
- Efeito sanfona: o que é e como essa condição se relaciona com a obesidade?
O papel das mídias e padrões estéticos

A influência das redes sociais e dos padrões estéticos impostos pela sociedade contribuem para a disseminação de dietas restritivas. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Paraná revelou que 61,1% dos participantes que adotaram dietas restritivas não tiveram acompanhamento nutricional adequado. A insatisfação com a imagem corporal foi um dos principais fatores que levaram à adoção dessas práticas.
A longo prazo, essas dietas não apenas falham em manter os resultados desejados, mas também podem gerar impactos psicológicos duradouros. A irritabilidade e a ansiedade são sintomas comuns entre aqueles que seguem dietas altamente restritivas, reforçando a necessidade de uma abordagem alimentar mais equilibrada.
A ineficácia das dietas restritivas
Uma pesquisa francesa intitulada “Dukan e Depois?” analisou o impacto de diferentes dietas ao longo de dois anos, acompanhando 4.761 voluntários. Os resultados indicaram que 75% dos participantes voltaram a ganhar o peso perdido, evidenciando que essas estratégias alimentares não proporcionam uma manutenção eficaz do emagrecimento a longo prazo.
Além do impacto físico, as consequências emocionais também foram significativas. O estudo revelou que 60% dos voluntários relataram sentimento de culpa pelo fracasso da dieta, mostrando como a imposição de restrições severas pode afetar o bem-estar psicológico.

Por outro lado, estudos sugerem que abordagens mais flexíveis, baseadas em reeducação alimentar e hábitos sustentáveis, tendem a proporcionar resultados mais duradouros e reduzir os impactos psicológicos associados às dietas restritivas.
Um estudo publicado na Research, Society and Development explorou exatamente esse tema, analisando os efeitos das dietas restritivas em contraste com abordagens alimentares mais flexíveis. A pesquisa destacou que dietas extremamente restritivas podem gerar impactos negativos na saúde mental, aumentando a pressão social por padrões estéticos e prejudicando a relação dos indivíduos com a alimentação.
Por outro lado, o estudo reforçou que dietas flexíveis promovem comportamentos alimentares mais saudáveis e sustentáveis, ajudando a evitar distorções na imagem corporal e reduzindo os riscos de transtornos alimentares.
O post Dieta faz mal? Veja como a restrição alimentar pode afetar sua saúde mental apareceu primeiro em Olhar Digital.
Fonte: Olhar Digital