O amor está no ar – e no espaço! Enquanto muitos casais celebram o Dia dos Namorados com flores, chocolates e jantares especiais, o Universo também oferece um espetáculo apaixonante. Algumas imagens mostram cenas tão poéticas que parecem verdadeiras declarações de amor cósmico.
No Brasil, o Dia dos Namorados é comemorado em 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio, conhecido como o “santo casamenteiro” pela tradição católica. A data foi escolhida no fim da década de 1940 por razões comerciais, para estimular o comércio no mês de junho, e acabou se tornando parte do calendário afetivo dos brasileiros. Em outros países, a data é celebrada em 14 de fevereiro, Dia de São Valentim.
Seja em junho ou fevereiro, não importa: o céu continua sendo um cenário perfeito para quem acredita no amor. Veja a seguir quatro exemplos que fazem do espaço um lugar tão romântico quanto qualquer cartão de Dia dos Namorados.
Imagens românticas do Universo
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Buquê de estrelas
Imagine presentear o ser amado com um buquê feito de milhares de estrelas. Essa é a impressão que a região 30 Doradus, também chamada de Nebulosa da Tarântula, oferece aos olhos e à imaginação.
Essa área fica a cerca de 160 mil anos-luz da Terra, em uma galáxia satélite da Via Láctea, a Grande Nuvem de Magalhães. É um dos lugares mais ativos da galáxia em termos de nascimento de estrelas.
As imagens que mostram essa beleza são resultado da combinação de três tecnologias: raios-X do telescópio Chandra (em azul e verde), luz visível do Hubble (em amarelo) e ondas de rádio do observatório ALMA, no Chile (em laranja).

O que se vê é um verdadeiro jardim estelar, repleto de estrelas jovens e brilhantes, pilares de gás e arcos esculpidos por ventos cósmicos. É o tipo de lugar que parece ter sido feito para os apaixonados pelo céu.
O centro desse “buquê” abriga as maiores estrelas já descobertas, com apenas alguns milhões de anos de idade – bem mais jovens que o Sol, que tem cerca de cinco bilhões de anos. Elas lançam ventos tão fortes que moldam o gás ao redor, criando formas belíssimas.
Esse conjunto estelar tem energia para formar novas estrelas por pelo menos mais 25 milhões de anos. Ou seja: é um amor que ainda vai durar bastante tempo.
Anel de brilhantes triplo
Se você pensou em aliança de compromisso, saiba que o espaço também tem um “anel de brilhantes”. Na verdade, três anéis brilhantes em volta de uma antiga explosão estelar chamada Supernova 1987A.
Essa supernova foi a mais próxima e mais brilhante registrada nos últimos 400 anos. Ela ocorreu na mesma galáxia da Nebulosa da Tarântula e foi vista pela primeira vez em 1987, brilhando como 100 milhões de sóis.
Ao redor dela, formaram-se três misteriosos anéis de gás, parecendo joias flutuando no espaço. A explicação mais aceita é que esses anéis surgiram quando duas estrelas se fundiram antes da explosão final. Saiba mais sobre essa supernova aqui.

Colar de pérolas
Outra joia romântica no céu é a Nebulosa do Colar (IRAS 19417+1701), localizada a cerca de 15 mil anos-luz da Terra, na constelação de Sagitta (A Flecha). Seu nome não é por acaso: ela lembra mesmo um colar cravejado de pérolas brilhantes.
Essa formação cósmica também surgiu após a colisão de duas estrelas. O impacto gerou uma nuvem de gás em expansão, com regiões mais brilhantes ao redor, como se fossem pedras preciosas.

A imagem foi capturada em julho de 2011 pelo Telescópio Espacial Hubble, que revelou os detalhes desse colar galáctico. É como se o Universo tivesse preparado uma joia especialmente pensada para presentear a pessoa amada. E o melhor: com brilho eterno.
Corações do Universo
Se o símbolo máximo do amor é o coração, o cosmos também tem os seus. Um dos mais conhecidos está em Plutão, onde uma região nesse formato foi fotografada de perto pela sonda New Horizons, da NASA, em 2015.

Batizada de Tombaugh Regio, a área tem cerca de mil quilômetros de largura e é feita de gelo. Desde que foi descoberta, virou símbolo de carinho entre fãs da astronomia.
Mas o planeta anão não é o único. Marte tem formações naturais – planaltos ou crateras – que, vistas de cima, têm forma de coração. Elas foram registradas pela sonda Mars Global Surveyor, da NASA.

Até o Sol, quando observado com equipamentos que captam raios-X, já mostrou um coração flamejante. A imagem abaixo foi feita pelo telescópio japonês-americano Hinode e revela um arco de gás de oito milhões de graus Celsius.

E, para finalizar, uma imagem que não é do espaço, mas que foi obtida a partir dele. Uma pequena ilha chamada Galešnjak, na Croácia, ficou famosa depois que imagens de satélite revelaram sua forma de coração. Resultado: mesmo com apenas 130 mil metros quadrados, ela carrega um enorme apelo simbólico.

Se estrelas podem formar buquês, supernovas podem criar alianças e nebulosas podem se transformar em joias, talvez o amor seja mesmo uma força universal – tão poderosa quanto a gravidade. Feliz Dia dos Namorados! E não se esqueça de olhar para o céu.
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Fonte: Olhar Digital