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Desaceleração e deflação na China lembram processo vivido pelo Japão, diz economista

Desaceleração e deflação na China lembram processo vivido pelo Japão, diz economista

Os dados recentes de atividade e inflação da China indicam uma forte desaceleração econômica, marcada por excesso de oferta e deflação, aponta José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos.

Os índices de gerentes de compras (PMIs) do setor industrial permanecem abaixo do patamar de 50 pontos, sinalizando retração futura na atividade industrial.

Outro ponto de atenção, segundo o economista, é o desempenho do comércio exterior. As exportações apresentaram desaceleração anual de 4,8% em maio, enquanto as importações recuaram 3,4% no mesmo período. As exportações para os Estados Unidos caíram expressivos 34,5%, enquanto houve desvio de comércio para outras regiões, com alta nas vendas para a União Europeia (12%) e Ásia (14,8%).

Camargo também destaca o impacto dessa desaceleração sobre os preços de commodities como cobre, minério de ferro e petróleo — todas em queda. O minério de ferro, relevante para a economia brasileira, caiu para níveis próximos a US$ 97 por tonelada e segue em trajetória descendente. Já o petróleo tipo WTI se aproxima de US$ 60 por barril, enquanto o Brent gira em torno de US$ 64.

O cenário se agrava com a queda do Índice de Preços ao Consumidor, que recuou 0,1% pelo quarto mês consecutivo na comparação anual. As taxas de juros se aproximam de zero, e os fabricantes de veículos elétricos intensificaram a guerra de preços, promovendo cortes entre 10% e 30%.

Na visão do economista, o conjunto desses fatores — desaceleração econômica, deflação, juros baixos e guerra de preços — remete a um cenário semelhante ao vivido pelo Japão nas décadas de 1990 e 2000: um ciclo prolongado de estagnação e deflação.

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Fonte: InfoMoney

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