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Decisão de juro aqui e nos EUA: o que diz a análise sobre as bolsas, dólar e Bitcoin

Decisão de juro aqui e nos EUA: o que diz a análise sobre as bolsas, dólar e Bitcoin

Nesta semana, os mercados globais voltam suas atenções para decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, além de indicadores econômicos relevantes que podem influenciar o comportamento dos ativos financeiros. O Federal Reserve (Fed) dos EUA está prestes a anunciar sua decisão sobre a taxa de juros, com expectativas de manutenção ou leve ajuste, dependendo das análises recentes sobre inflação e crescimento econômico. O discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, é aguardado com interesse, especialmente diante das críticas recentes do presidente Donald Trump.

No cenário doméstico, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil se prepara para divulgar a nova taxa Selic, com projeções apontando para um aumento de 50 pontos-base, elevando-a para 14,75% ao ano. Além das decisões de juros, o mercado acompanhará de perto a divulgação de dados econômicos, como a Pesquisa Industrial Mensal e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fornecerão insights sobre a saúde econômica do país.

Para compreender os possíveis movimentos do Ibovespa, Dólar futuro, Nasdaq, S&P 500 e Bitcoin, confira a análise técnica detalhada e os principais níveis de suporte e resistência.

Análise técnica do Ibovespa

O Ibovespa segue com viés altista no curto e médio prazo, apoiado pela sequência de valorização que vem desde o fundo marcado em janeiro nos 118.222 pontos. Desde então, o índice renovou máximas em 2025, com destaque para o topo recente nos 136.149 pontos, atingido na última semana.

No curto prazo, o movimento é de consolidação, com o índice negociando acima das médias móveis e mostrando força compradora. Com quatro semanas consecutivas de alta, o índice poderá buscar o topo histórico nos 137.469 pontos. Se romper essa barreira, o próximo objetivo técnico está projetado nas regiões de 139.000 a 140.600 pontos, com alvo mais longo em 142.150 pontos.

Apesar do viés positivo, vale atenção aos suportes de curto prazo nas regiões de 133.600 e 130.525 pontos. Perdas desses níveis podem sinalizar início de correção. Suportes mais amplos estão em 128.575, 122.530 e, no extremo, nos 118.222 pontos — mínima do ano.

5 de maio de 2025 - 12:01
Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise técnica do Dólar

O dólar futuro segue pressionado pela força vendedora que domina desde o fim de 2024, quando testou resistência em 6.517 pontos. Desde então, acumula uma queda de 10,46% em 2025 e mantém trajetória descendente, apesar de breves repiques.

Na última semana, renovou a mínima do ano ao tocar 5.644,5 pontos. Se perder esse patamar, os próximos alvos estão em 5.625 e 5.527 pontos, com extensão até a região de 5.367/5.297 pontos.

Para interromper o ciclo de quedas, o dólar precisaria recuperar as médias de 9 e 21 períodos (5.739 e 5.825 pontos). Acima disso, a resistência mais relevante está na média de 200 períodos em 5.932 pontos. Caso supere esse nível, há espaço para buscar as regiões de 6.161 e 6.300/6.435 pontos.

5 de maio de 2025 - 12:01
Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Confira a análise dos minicontratos:

Análise técnica da Nasdaq

Após um forte movimento de baixa iniciado no final de fevereiro, quando atingiu o topo histórico em 22.222 pontos, a Nasdaq encontrou suporte nos 16.542 pontos e iniciou um processo de recuperação. No curto prazo, o índice mostra melhora técnica, com altas de 1,52% em abril e 2,72% neste início de maio. No acumulado de 2025, porém, ainda recua 4,33%.

A superação das médias móveis é um sinal positivo. Para seguir com a retomada, o índice precisa romper a máxima recente em 20.176 pontos, com resistências seguintes em 20.290, 21.070 e novamente na máxima histórica em 22.222 pontos.

Caso o fluxo vendedor retorne, o sinal de alerta será a perda da faixa entre 19.600 e 19.150 pontos. Abaixo disso, os suportes estão em 17.590/17.000 e, mais abaixo, em 16.540/15.760 pontos.

5 de maio de 2025 - 12:01
Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise técnica do S&P 500

O S&P 500 segue trajetória semelhante à da Nasdaq. Após tocar o topo histórico em 6.147 pontos no fim de fevereiro, recuou até 4.835 pontos. Desde então, iniciou recuperação, acumulando alta de 2,11% nete início de maio, embora ainda registre queda de 3,31% no ano.

A superação das médias no gráfico diário sugere continuidade da reação. Para confirmar, precisa romper a máxima da última sessão em 5.700 pontos. As resistências seguintes estão em 5.786 e 6.009, com novo teste possível na máxima histórica (6.147 pontos).

No lado oposto, a perda da região de suporte entre 5.580 e 5.500 pontos pode atrair nova pressão vendedora. Nesse cenário, os alvos estão em 5.300/5.100 pontos, com extensão até 4.835/4.678 pontos.

5 de maio de 2025 - 12:01
Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Confira nossas análises:

Análise do Bitcoin

O Bitcoin mostra sinais de recuperação no curto prazo após forte correção desde a máxima histórica de US$ 109.350 registrada no final de janeiro. A mínima do ano, em US$ 74.393, atraiu fluxo comprador e deu início à reação, com o ativo rompendo uma linha de tendência de baixa e voltando a negociar acima das médias.

Atualmente, testa a região dos US$ 98.000, mas ainda sem força para se manter acima. Superar esse nível é essencial para retomar a trajetória de alta, com resistências seguintes em US$ 100.000 (resistência psicológica), US$ 102.700, US$ 108.230 e o topo histórico em US$ 109.350.

Por outro lado, a perda dos suportes em US$ 92.950 e US$ 88.720 pode abrir espaço para novas quedas, com alvos em US$ 81.000 e na mínima do ano em US$ 74.393. Abaixo disso, o cenário tende a se deteriorar ainda mais para o curto prazo.

5 de maio de 2025 - 12:01
Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

IFR (14) – Ibovespa

O IFR (Índice de Força Relativa), é um dos indicadores mais populares da análise técnica. Medido de 0 a 100, costuma-se usar o período de 14. Leitura abaixo ou próxima de 30 indica sobrevenda e possíveis oportunidades de compra, enquanto acima ou próxima de 70 sugere sobrecompra e chance de correção. Além disso, o IFR permite a aplicação de técnicas como suportes, resistências, divergências e figuras gráficas. A partir disso, segue as cinco ações mais sobrecomprados e sobrevendidos do Ibovespa:

5 de maio de 2025 - 12:01
Fonte: Nelogica. Elaboração: Rodrigo Paz

(Rodrigo Paz é analista técnico)

Guias de análise técnica:

Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o InfoMoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice.

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