No ano até abril, as ações da Cury (CURY3) já haviam subido mais de 50%. Pelo que tudo indica, a tendência permanecerá de alta.
A companhia reportou um lucro líquido recorde de R$ 213,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 51,2% em comparação com o mesmo período de 2024. A receita líquida também veio forte, acima do esperado, atingindo R$ 1,21 bilhão. O bom resultado da companhia foi impulsionado pelas vendas nos últimos trimestres.
O EBITDA ajustado subiu 54% em relação ao ano anterior, para R$ 290 milhões, superior ao esperado pelo mercado. A margem Ebitda alcançou 23,8%, melhora de 1,3 ponto percentual.
Quais construtoras serão mais beneficiadas pela nova faixa do MCMV? O BTG responde
Por fim, efeitos sazonais do trimestre pressionaram a geração de caixa da Cury para R$ 26 milhões, enquanto a companhia encerrou o primeiro trimestre com uma alavancagem líquida de 19%. A Cury encerrou o primeiro trimestre com caixa líquido de R$ 261 milhões, montante 39% menor na comparação anual.
Em relatório a investidores, analistas do banco Safra veem a empresa em uma “posição única” para continuar elevando seus lançamentos sem aumentar os riscos de execução, enquanto se destaca como uma das principais beneficiárias da nova rodada de incentivos do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) recentemente aprovada.
A empresa concentra suas atividades no MCMV nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O programa tem mostrado grande potencial com a criação de uma nova faixa e do ajuste de renda nas demais já existentes. A partir de maio, famílias com renda até R$ 12 mil passam a fazer parte do MCMV, ganhando acesso a juros menores.
Analistas do BTG Pactual endossaram o otimismo com a Cury. Em relatório, eles ainda lembraram que a Cury divulgou que lançou R$ 1,4 bilhão em empreendimentos no meio do 2º trimestre, com uma forte velocidade de vendas em alguns projetos, além de já ter sinalizado que a nova faixa do MCMV representa uma boa oportunidade para a empresa.
Segundo Fábio Cury, CEO da Cury, 95% do portfólio da companhia deve se enquadrar ao programa.
Prévia operacional
Nos três primeiros meses do ano, as vendas líquidas da Cury atingiram a marca inédita de R$ 2,1 bilhões, crescimento de 35,7% em relação ao primeiro trimestre de 2024. No total, foram comercializadas 7.173 unidades.
A empresa reportou o lançamento de 14 empreendimentos no primeiro trimestre de 2025, sendo nove em São Paulo e cinco no Rio de Janeiro, totalizando 9,1 mil apartamentos. O valor geral de vendas (VGV) desses empreendimentos alcançou R$ 2,666 bilhões, o que representa um aumento de 77,8% em comparação ao mesmo período de 2024. O preço médio por unidade lançada foi de R$ 305 mil. As vendas líquidas no primeiro trimestre de 2025 atingiram R$ 1,919 bilhão, registrando um crescimento de 44,6% em relação ao ano passado.
A Cury encerrou o trimestre com um estoque de R$ 2,5 bilhões, com 99% de unidades lançadas ou em construção. Apenas 1% de unidades foi concluída. O banco de terrenos tem VGV potencial de R$ 19,8 bilhões, avanço de 26,7% em relação ao ano passado.
Fonte: Exame