A CSN Mineração (CMIN3) registrou um prejuízo líquido de R$ 357 milhões, contra um lucro líquido de mais de R$ 2,0 bilhões registrado no trimestre anterior, sendo o impacto da variação cambial no caixa em moeda estrangeira o principal fator para a reversão desse resultado.
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A receita líquida ajustada foi de R$ 3,41 bilhões no 1º trimestre de 2025 (1T25), queda de 12,7% frente ao 4T24, influenciada pela sazonalidade e chuvas, que afetaram o volume transportado. Em relação ao 1T24, no entanto, houve alta de 21,7%, impulsionada por ganhos operacionais e câmbio mais favorável. A receita líquida unitária ficou em US$ 61,96 por tonelada, estável frente aos trimestres comparáveis, indicando menor volatilidade nos preços do minério.
O custo dos produtos vendidos (CPV) foi de R$ 2,24 bilhões, aumento de 5,3% frente ao 4T24, devido à maior compra de minério de alta qualidade com frete elevado. O custo C1 (custo caixa por tonelada, principal indicador de competitividade na mineração) ficou em US$ 21,0/t, alta leve de 2,9% ante o trimestre anterior, mas queda de 11,0% frente ao 1T24, reforçando a eficiência operacional da companhia.
O lucro bruto somou R$ 1,17 bilhão, recuo de 34,1% ante o 4T24, com margem bruta de 34,4%, refletindo a menor diluição de custos fixos. Já na comparação anual, houve alta de 28,4% no lucro bruto e ganho de 1,8 ponto percentual na margem.
As despesas gerais e administrativas (SG&A) totalizaram R$ 57,6 milhões, alta de 16,9% sobre o 4T24 por fatores pontuais, mas com queda de 21,1% na comparação anual, mesmo com maior volume vendido.
O resultado de equivalência patrimonial foi de R$ 37 milhões, queda de 16,4% ante o trimestre anterior, impactado pela sazonalidade e menor movimentação na ferrovia MRS.
Já o resultado financeiro foi negativo em R$ 1,32 bilhão, pressionado pela desvalorização do real, que reduziu o valor em reais do caixa em dólares da companhia.
Dividendos e JCP
O Conselho de Administração da CSN Mineração aprovou a distribuição de dividendos e juros sob o capital próprio no montante de R$ 1,3 bilhão, sendo (i) R$ 1,09 bilhão na forma de dividendos intercalares e R$ 210 milhões na forma de juro sob capital próprio.
Acionistas na base da companhia até a próxima segunda-feira (12) receberão o montante e as ações passarão a ser negociadas “ex-proventos” na terça-feira (13).
O pagamento será realizado até o dia 31 de dezembro deste ano, em data a ser determinada no futuro pela companhia.
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Fonte: InfoMoney