Por Márlyson Silva*
O sistema bancário tradicional passou por uma grande transformação nos últimos anos, iniciada com os bancos digitais e a implementação de soluções voltadas à integração de serviços, como Open Finance e Banking as a Service (BaaS). Em meio a essas mudanças no modo em que pessoas e empresas lidam com as finanças, uma nova realidade já começa a fazer parte do dia a dia dos brasileiros: o pagamento de produtos e serviços básicos com o uso de criptomoedas.
Hoje, não é raro encontrar estabelecimentos comerciais no Brasil que já aceitam transações em moedas digitais, principalmente redes varejistas. E essa é uma tendência global: nos Estados Unidos, 37% dos vendedores de e-commerce já aceitam moedas digitais e as vendas envolvendo criptomoedas no segmento já passam dos US$ 18 bilhões, segundo dados da plataforma de pagamentos B2BinPay.
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A expansão pelo mercado tem sido rápida e já observamos movimentos de setores da economia com grande potencial, como Turismo e Hospitalidade para reserva de hotéis, passagens em companhias aéreas e aluguel de veículos; Educação, para o pagamento de cursos, bolsas e mensalidades; Saúde, com consultas, exames e seguros; e na área de Eventos e Entretenimento, com a compra de ingressos para festivais e eventos esportivos.
Além desses, as transformações que infraestruturas financeiras em blockchain têm trazido ao mercado também facilitam pagamentos transfronteiriços, agilizando operações que hoje enfrentam dificuldades, tarifas e muita burocracia como operações entre empresas ou trabalhos autônomos realizados em outros países.
Motivos não faltam para essa rápida expansão do ecossistema cripto no mercado.
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Primeiro que as moedas digitais trazem uma camada adicional de eficiência, autonomia e inclusão ao sistema de pagamentos tradicional. Outro ponto é que, diferentemente de ferramentas financeiras como Pix e cartões, as criptomoedas são descentralizadas e não se limitam ao sistema bancário local, possibilitando assim operações sem barreiras geográficas.
Esse tipo de inovação reduz custos com intermediários, melhora o controle financeiro do usuário e abre portas para novas formas de consumo — com mais liberdade, segurança e escalabilidade. E a expansão no mercado brasileiro será rápida, já que o país é uma das principais referências em cripto na América Latina, tanto pelo volume de adoção quanto pelo ambiente regulatório em construção.
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Essa posição do Brasil deve-se ao ambiente voltado à inovação que foi criado no país nos últimos anos, abrangendo desde a abertura para a atuação de fintechs até a atuação do Banco Central com uma visão moderna que possibilitaram, por exemplo, que o Pix tivesse todo esse sucesso no mercado.
Essa posição dá credibilidade às inovações financeiras permitindo o avanço das criptos como meio de pagamento no cotidiano da população. Hoje, por exemplo, 16% dos estabelecimentos comerciais do país já aceitam moedas digitais como método de pagamento, segundo o relatório “Status do Pagamento com Criptomoedas no Brasil 2024”, da Foxbit Business. Além disso, 78% dos consumidores brasileiros disseram ter interesse em utilizar criptomoedas para realizar suas compras no dia a dia.
Como se vê, a utilização de pagamentos com cripto permite remover barreiras operacionais e ampliar a inclusão financeira no país. E à medida que avançamos em relação à regulação, educação financeira e infraestrutura mais acessível, essa transformação no modo como os brasileiros lidam com as criptomoedas será ainda mais expressiva.
*Márlyson Silva é CEO da Transfero.
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