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E o petróleo, para onde vai? Tarifas de Trump e oferta maior da Opep amenizam cotação

8 de julho de 2025 - 19:06Bomba de petróleo e torre de perfuração ao sul de Midland, Texas, EUA –
11/06/2025
(Foto: REUTERS/Eli Hartman)

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A retomada da ameaça tarifária de Donald Trump e a decisão dos países produtores de petróleo (Opep) de aumentar a produção este ano devem pressionar a cotação do barril para baixo, segundo a análise de economistas ouvidos pelo InfoMoney.

Sobre a política comercial americana, o diagnóstico é que, embora Trump tenha proposto elevar as tarifas para estimular a produção local, o efeito global será de diminuição do ritmo da economia, o que afeta também a demanda por petróleo, e levará à redução dos preços. 

Em meio a este cenário, os países da Opep passaram a extrair mais óleo para tentar recompor as receitas. E esse excesso de oferta é um fator a mais de pressão para reduzir preços.

Para o economista Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a política de Trump é contraditória, uma vez que, desde a campanha eleitoral do ano passado, com declarações como “Drill, baby, drill”, ele mostrou que iria incentivar a produção de petróleo e gás nos Estados Unidos.

“Então, ele vem e faz uma política tarifária com impacto negativo na economia mundial. O resultado é contraditório: ele quer aumentar a produção de óleo, mas ao mesmo tempo a política econômica leva a uma redução do preço”, analisa Pires.

Embora guerras como a do Irã e a da Ucrânia levem a aumentos temporários de preço, a oferta maior que a demanda, devido à política tarifária e ao aumento da produção da Opep, faz com que o preço volte a cair.

Queda desde março ainda não foi corrigida

A queda no preço do barril observada no fim de março ainda não foi corrigida, de acordo com o economista Hélcio Takeda, senior partner da Pezco Economic & Financial Analysis. A exceção foi o breve período de rally na cotação motivado pelo conflito Israel X Irã.

Atualmente, a cotação do barril do petróleo Brent e do WTI está em torno de US$ 70. Para Pires, o limite de operação ideal para a Opep é de até US$ 60.

Segundo o jornal Financial Times, grandes perfuradoras de xisto dos EUA estão paralisando suas plataformas devido aos preços reduzidos por medo de excesso de oferta e pela guerra comercial de Trump.

Para Takeda, a prorrogação no prazo das negociações dos acordos comerciais pode representar um alívio no curto prazo, mas terá efeito limitado na inversão na tendência do preço do barril.

Pires afirma que uma possível medida de Trump para tentar amenizar o efeito sobre os preços seria reduzir os estoques.

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Fonte: InfoMoney

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