A startup japonesa H2L desenvolveu um novo dispositivo para transmitir movimentos corporais para robôs humanoides. É possível dizer que o sistema transforma o corpo humano em um “controle remoto” para interagir com as máquinas.
Como mostrado na reportagem da Interesting engineering, o aparato é uma “Cápsula interface” e promete criar experiências imersivas entre humanos, robôs e avatares. A cápsula permite que os usuários transmitam seus movimentos corporais completos e força física enquanto estão sentados ou deitados.
Como a cápsula interface funciona?
A cápsula lembra uma cadeira de massagem, onde o usuário pode se sentar. Ela utiliza sensores que identificam e registram a intenção física e a força aplicada pelo usuário em tempo real, sendo capaz de captar até os menores movimentos musculares.
Para que a operação seja viável, a cápsula se alia a um sistema de IA chamado TWIST, que permite que robôs humanoides imitem com precisão os movimentos humanos em tempo real. O sistema foi criado em maio de 2025 por pesquisadores das universidades de Stanford e Simon Fraser.
(Imagem: Gumbariya/Shutterstock)
O desempenho focado nos músculos permite que os robôs repliquem com mais fidelidade a ação e a força aplicada pelo usuário. Levantar um objeto pesado, por exemplo, transmite o quanto de esforço o usuário sente. Isso gera um ciclo de feedback entre humanos e robôs.
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Possíveis aplicações
A cápsula interface inaugura uma nova era de interação remota ao permitir que os usuários transmitam seus movimentos corporais completos e força física para robôs ou avatares enquanto estão sentados ou deitados.
Ela oferece uma experiência natural e de baixo esforço, que pode ser incorporada a camas ou cadeiras – diferentemente das interfaces padrão, que exigem equipamentos complicados ou treinamento específico.
Segundo um comunicado da H2L, a tecnologia versátil tem uma ampla gama de aplicações. Algumas delas são:
- Setor empresarial: participação em reuniões e execução de tarefas remotamente, operando robôs humanoides de casa ou de escritórios próximos.
- Ambientes perigosos: operação segura em locais como zonas de desastre.
- Logística e entregas: levantamento e transporte de itens remotamente, reduzindo o esforço físico dos trabalhadores.
- Tarefas domésticas e assistência a idosos: apoio em atividades como cozinhar e limpar, beneficiando especialmente famílias pessoas idosas.
- Agricultura: controle remoto de robôs agrícolas, permitindo a troca de conhecimento entre agricultores e a redução da necessidade de mão de obra.
- Saúde: uso da interface para consultas médicas remotas.
- Entretenimento: experiências imersivas em jogos, performances virtuais e eventos interativos com avatares realistas.
- Educação: aulas práticas à distância com simulações físicas, laboratórios virtuais e ensino técnico com manipulação remota de equipamentos.
- Próximos avanços: inclusão de feedback proprioceptivo para aumentar o realismo e ampliar as experiências compartilhadas entre humanos e máquinas.
Veja o vídeo de demonstração:
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Fonte: Olhar Digital
