Mesmo com dificuldades para atrair o público esperado aos estádios, a FIFA segue fortalecendo o lado comercial da Copa do Mundo de Clubes de 2025. Na semana passada, a entidade anunciou a entrada do Airbnb como novo patrocinador da competição, elevando para nove o número de marcas parceiras do torneio que será disputado nos Estados Unidos.
Além do Airbnb, o campeonato já conta com nomes de peso como a cerveja Michelob Ultra (da AB InBev), o Bank of America, a Coca-Cola, a Hisense, a Lenovo, o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), a Qatar Airways e a Visa. O interesse das marcas reflete uma tentativa da FIFA de posicionar o torneio como um dos principais produtos do calendário global, o que também se evidencia pelo acordo de transmissão com a Dazn, avaliado em cerca de R$ 6 bilhões.
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Com esses acordos comerciais, a FIFA consegue oferecer uma premiação recorde para uma competição de clubes, com valores similares aos pagos na Champions League, embora o novo Mundial de Clubes tenha duração de apenas um mês e, no máximo, sete partidas por equipe. Só para participar, clubes sul-americanos como Palmeiras, Botafogo, Flamengo e Fluminense receberão aproximadamente R$ 90 milhões — uma cifra muito superior ao que costumam arrecadar em torneios continentais como a Libertadores.
Apesar do sucesso comercial, a adesão do público in loco ainda preocupa. Nenhum dos jogos até agora teve lotação esgotada, e a organização precisou recorrer a promoções para impulsionar a venda de ingressos, inclusive para a partida de abertura. O presidente da FIFA, Gianni Infantino, minimizou o cenário: “os estádios estarão cheios”, afirmou em entrevista recente.
O patrocínio do Airbnb vai além do Mundial de Clubes. A plataforma será a fornecedora oficial de hospedagens alternativas e experiências para três torneios da FIFA: a Copa do Mundo de Clubes 2025, a Copa do Mundo da FIFA 26 e a Copa do Mundo Feminina da FIFA 2027. A expectativa é de que mais de 380 mil hóspedes utilizem a plataforma durante a Copa de 2026, com um impacto econômico estimado em US$ 3,6 bilhões nas cidades-sede.
“O Airbnb tem orgulho de colaborar com a FIFA para oferecer aos torcedores experiências únicas durante os torneios, ao mesmo tempo em que acolhe centenas de milhares de hóspedes e gera um impacto econômico significativo para a população local”, destacou Brian Chesky, CEO da empresa.
O engajamento das marcas não se resume ao apoio financeiro. A Budweiser, tradicional parceira da FIFA, também promete levar experiências marcantes aos torcedores brasileiros, mesmo à distância. “Temos como missão fazer com que os torcedores vivam toda a emoção do campeonato independentemente de onde estejam”, disse Mariana Santos, diretora de marketing da Budweiser no Brasil. “Conectamos futebol, música e celebração para transformar cada momento em algo icônico.”
A aposta em experiências imersivas e no engajamento global dos torcedores reflete a estratégia da FIFA de transformar o Mundial de Clubes em um produto de consumo de massa, com apelo para além das quatro linhas. Mas, por ora, o desafio de encher os estádios nos Estados Unidos revela que ainda há um caminho a ser percorrido para consolidar esse torneio no calendário futebolístico e no imaginário popular.
A competição terá início neste sábado (14), com o duelo entre o Inter Miami, dos Estados Unidos, e o Al Ahly, do Egito. Já no domingo (15), será a vez dos brasileiros entrarem em campo: o Palmeiras enfrenta o Porto, de Portugal, enquanto o Botafogo encara o Seattle Sounders, também dos EUA.
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Fonte: InfoMoney