Nesta terça-feira, 22, o Conselho de Supervisão da Meta pediu para que a empresa avalie os impactos causados pela descontinuação do programa de verificação de fatos nos Estados Unidos.
O recurso foi desativado em janeiro, em uma mudança que, na perspectiva do CEO da companhia, Mark Zuckerberg, era uma forma de priorizar a liberdade de expressão. No lugar, a Meta adotou as chamadas “notas de comunidade”, que são comentários adicionados por usuários para oferecer contexto a publicações. O modelo foi inspirado em uma funcionalidade semelhante usada pelo X, de Elon Musk.
No entanto, para o conselho, a decisão da Meta de abandonar o programa em parceria com organizações independentes foi “precipitada e não seguiu os procedimentos habituais”.
Segundo informações do O Globo, a avaliação consta em um relatório criado em 2020, e destaca que a medida aplicada ao Facebook, Instagram e Threads, não veio acompanhada de “informações públicas sobre eventuais avaliações de seu impacto em direitos humanos”.
O órgão ainda sugeriu à Meta que medisse a eficácia das notas de comunidade, em comparação com a verificação de fatos”, sobretudo quando a desinformação representar “risco à segurança das pessoas”.
Em nota a imprensa, a Meta declarou: “Reconhecemos o trabalho do Comitê de Supervisão e consideramos bem-vindas suas decisões que mantêm ou restauram conteúdo em nome da promoção da livre expressão em nossas plataformas. Buscamos regularmente opiniões e perspectivas de especialistas de fora da Meta, incluindo o Comitê, e responderemos às suas recomendações dentro de 60 dias, conforme previsto em estatuto.”
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