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Conheça a Slyce, a marca esportiva brasileira que chega para disputar mercado com Nike e On

Quem acompanha tênis tem visto uma nova marca cada vez mais presente nas quadras e em seu entorno. A Slyce patrocina seis tenistas brasileiros profissionais, que disputam os torneios de Grand Slam. Está nas quadras da Arena BTG Pactual, em um quiosque no Fasano Boa Vista, em eventos como o Galácticos Open, que acontece na casa do Ronaldo Fenômeno.

A partir desta quarta-feira, 30 de abril, a Slyce estará presente também em sua primeira loja física permanente, no shopping Morumbi, em São Paulo. Isso tudo quase um ano antes de seu lançamento oficial, no dia 1 de maio do ano passado.

A Slyce é uma marca esportiva brasileira que compete em um nicho dominado por players como Nike, On, Fila e Adidas. É uma empresa em que a comunicação tem tanto peso quanto a peça de roupa. “Você não faz uma compra pelo produto”, diz Branco. “Você está comprando pelo que aquilo diz sobre você. Essa sempre foi nossa estratégia da marca. Queremos criar um negócio legal. E o produto é só uma parte disso.”

Conceito da marca vem antes do produto

Jorge Castello Branco e Felipe Tersi têm 25 e 28 anos, respectivamente. Durante três anos eles trabalharam no setor de M&A do Itaú BBA, até decidirem sair para empreender, primeiro Jorge, uns meses depois Felipe. “Sempre tive uma formiguinha dentro da barriga para o empreendedorismo e sou viciado em esporte, fiz college americano jogando futebol”, afirma Branco.

Inspirado pelo irmão mais velho, que lançou uma marca de suplementação alimentar, Jorge tinha a ideia de lançar uma marca de vestuário esportivo. “Meu foco desde o começo foi na concepção da marca, no conceito antes do produto, para poder disputar mercado com marcas conhecidas como Fila, Nike, Adidas.”

Com a ajuda do ex-tenista profissional Mauro Menzes, ele começou a marcar reuniões com fornecedores, organizadores de eventos, jogadores. Desde o começo a marca foi concebida para poder disputar o mercado internacional. O nome vem de slice, um golpe do tênis. A letra y foi apenas para efeito gráfico na hora de desenhar o logo.

Ativações de marketing

O primeiro atleta com quem eles fecharam contrato foi Felipe Meligeni, número 117 no ranking de simples da ATP, seguido por Gustavo Heide (#178 ATP simples), Daniel Rodrigues (#18 ITF wheelchair), Ingrid Martins (#89 WTA duplas), Thiago Monteiro (#94 ATP simples) e Luisa Stefani (#35 WTA duplas).

“Pesquisas apostam que 60% das visualizações de tênis acontecem nos quatro torneios de Grand Slam”, diz Branco. “No mundo, mais de 30 milhões de pessoas assistem tênis a cada ano. E no Brasil quase três milhões de pessoas jogam.”

Os sócios fizeram uma ativação no Galácticos Open, torneio de tênis realizado na casa do Ronaldo Fenômeno, no Morumbi, em novembro passado, frequentado por celebridades. Em um espaço junto ao bar foi montada uma pequena loja com peças customizadas para o evento.

Eles também fecharam presença da marca na Arena BTG Pactual, frequentada pela turma da mesma Faria Lima de onde eles vieram, e montaram um quiosque no Fasano Boa Vista, no interior de São Paulo.

A ideia inicial era vender apenas no online. Após abrir uma pop up no Shops Jardins, perceberam que o custo de aquisição de cliente em ponto físico era menor do que no online. Por isso a decisão agora de abrir uma loja permanente no shopping Morumbi. Existem conversas em andamento por outros pontos em São Paulo e em outras capitais, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e com multimarcas.

Design próprio, produção terceirizada

O design é proprietário, feito por uma equipe de três pessoas. “Tudo tem muita tecnologia embutida, para nos situar em uma faixa premium. Nossos preços são duas vezes mais altos do que de outras marcas esportivas nacionais”, diz Jorge.

A quantidade inicial de SKUs foi baixa. Foi só em setembro do ano passado que eles lançaram a coleção feminina. O produto é inteiramente planejado internamente, do design à modelagem. “Até desenvolvemos um tecido do zero, escolhendo gramatura e composição.”

A fabricação é feita por terceiros, em um modelo semelhante ao da Nike. A marca conta com mais de 40 fornecedores diferentes. Hoje, a marca conta com cerca de 45 SKUs. Se forem consideradas variações de cor e tamanho, são por volta de 700. Cerca de 65% dos produtos são masculinos. Calçados eles não fazem – e nem intenção, garantem.

A identidade da marca é retrô. A intenção é que as peças possam ser usadas nas quadras e fora delas. Em breve a Slyce deve começar a ter produtos mais acessíveis. Hoje, o produto de entrada são as camisetas de algodão, a partir de 249 reais. Já a camisa polo casual custa 499 reais.   “Não vamos popularizar a marca, sempre seremos premium. Mas se economizarmos em detalhes, como aviamentos, conseguiremos manter nosso padrão e atingir mais consumidores.”

Meta de virar marca global

O capital inicial foi do trabalho deles nos três anos de mercado financeiro, na casa de sete dígitos. Eles fizeram uma rodada baixa inicial de investimento, entre amigos e familiares, e se preparam agora para uma segunda rodada.

O planejamento é de faturar 10 milhões de reais até o fim do ano. Pelo menos até 2026 o foco será o de aumentar presença no Brasil. Mas esse processo será gradual. Nos próximos meses o site passará a contar com entrega para os Estados Unidos, com entrega em até cinco dias úteis.

A Slyce é uma empresa pequena. Hoje, conta com 12 funcionários. “Se você me perguntar onde queremos estar daqui a dez anos, nossa ideia é elevar o Brasil nesse segmento em termos de marca e produto.”

Ir para o conteúdo original: https://exame.com/marketing/conheca-a-slyce-a-marca-esportiva-brasileira-que-chega-para-disputar-mercado-com-nike-e-on/

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