O governo de Israel alega que iniciou a mais nova ofensiva contra o Irã com o objetivo de acabar com o programa nuclear do país. Segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, os iranianos podem ser capazes de construir bombas nucleares no futuro próximo, o que ameaçaria a existência israelense.
No entanto, há um grande desafio para cumprir essa missão. Isso porque algumas instalações nucleares do Irã estão a dezenas de metros de profundidade, o que exige o uso de bombas específicas e que apenas os Estados Unidos podem fornecer.
Bomba pode perfurar o solo e atingir alvos subterrâneos
- Estamos falando da bomba MOP GBU-57 A/B.
- Ela é capaz de perfurar e destruir bunkers a dezenas de metros de profundidade.
- Esta seria a única forma de atingir instalações nucleares como a de Fordo, construída na encosta de uma montanha perto da cidade de Qom, a cerca de 95 km a sudoeste de Teerã.
- O espaço fica a cerca de 80 metros de profundidade e é supostamente protegido por sistemas de mísseis terra-ar iranianos e russos.
- A Agência Internacional de Energia Atômica relatou que o centro estaria enriquecendo urânio U-235 a 83,7%, perto do patamar de 90% utilizado para a fabricação de bombas nucleares.
- As informações são do G1.
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Israel precisa da aprovação dos EUA
Para poder destruir instalações do tipo, no entanto, Israel precisa de autorização dos Estados Unidos. Isso porque o exército israelense não possui estas bombas em seu arsenal e nem mesmo aviões capazes de lançá-las.
A MOP GBU-57 A/B pesa 14 mil quilos e tem seis metros de comprimento. Após lançada, ela é guiada remotamente até o alvo. Estimativas apontam que esta bomba pode penetrar cerca de 61 metros abaixo da superfície antes de explodir. A ideia é lançar vários ataques, um após o outro, perfurando cada vez mais fundo a cada explosão até destruir completamente as instalações iranianas.
Em teoria, a bomba poderia ser lançada por qualquer bombardeiro capaz de transportar o peso e voar a uma altitude suficiente para que ela ganhe velocidade suficiente para penetrar no solo. No entanto, apenas o B-2 Spirit, dos EUA, tem liberação para fazer ataques do tipo.
Em outras palavras, isso significa que Israel vai precisar pedir ajudar para os norte-americanos para colocar seu plano em prática. A Casa Branca é aliada dos israelenses, mas alguns representantes do governo norte-americano temem os efeitos de ataques do tipo para a região.
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Fonte: Olhar Digital
