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Como prolongar Brazilian Storm e manter ajuda do surfe às cidades-sede do circuito

Como prolongar Brazilian Storm e manter ajuda do surfe às cidades-sede do circuito

Nesta semana, a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, recebe mais uma etapa do Circuito Banco do Brasil de Surfe, reunindo atletas do Brasil e do mundo em um evento que vai além da competição e movimenta toda a região.

A passagem da Brazilian Storm, que colocou o Brasil no topo do surfe mundial na última década, pode ser mais que um momento de glória. Para que esse fenômeno se mantenha vivo e continue gerando impacto positivo nas cidades por onde passa, é preciso fortalecer as bases, investir em estrutura, apoiar as comunidades locais e transformar o surfe em ferramenta de desenvolvimento social, econômico e ambiental.

O modelo para essa transformação já existe. A World Surf League (WSL) e o Banco do Brasil anunciaram a renovação da parceria que garante por mais três temporadas a continuidade de uma das mais bem-sucedidas iniciativas do esporte no país. A etapa brasileira do Challenger Series passa a se chamar Banco do Brasil Saquarema Pro, apresentado por Corona Cero, e o Vivo Rio Pro, válido pelo Championship Tour, também segue com patrocínio garantido.

Mais do que patrocinar a elite, o Banco do Brasil aposta no fortalecimento da base por meio do Circuito Banco do Brasil de Surfe, que desde 2022 tem se firmado como a maior competição da modalidade na América Latina.

Até o momento, foram 14 etapas realizadas em nove cidades litorâneas e uma no interior, na inédita piscina de ondas artificiais em Itupeva, São Paulo. O circuito já soma mais de 1.600 inscrições, sendo 278 de atletas estreantes no profissional. O Brasil lidera com 606 atletas participantes, e surfistas de 14 outros países também competiram em solo nacional.

O crescimento do número de inscrições a cada ano reforça o sucesso do formato. Em 2022, foram 346 atletas, número que saltou para 553, em 2023, e 565, em 2024. Para 2025, já são 160 inscrições na primeira etapa.

Este ano, o calendário prevê cinco eventos, incluindo a etapa em Natal que acontece nesta semana. Outras etapas estão programadas para agosto, setembro e um QS 2000 em local ainda a ser definido. Ao todo, serão 20 mil pontos em disputa para o ranking sul-americano da WSL em 2025, com provas que valem até 6.000 pontos.

Muito além da competição

Além da competição, o circuito promove cultura, lazer e impacto social. Na etapa anterior, em Maresias, mais de 200 empregos foram gerados temporariamente com a montagem e desmontagem das estruturas. Hotéis, restaurantes e comércios locais se beneficiam com o aumento de turistas. O público também ganha com atrações gratuitas como shows, oficinas, atividades esportivas, clínicas de surfe e ações educativas.

As ações ambientais são outro destaque. Somente em 2024, mais de 3.700 pessoas participaram de atividades ligadas à sustentabilidade, como o plantio de mudas nativas, upcycling de lonas transformadas em itens de surfe, neutralização de emissões de carbono e coleta seletiva. Foram recolhidos mais de 100 quilos de lixo das praias, 1,8 tonelada de resíduos reaproveitados e 1,4 tonelada de recicláveis coletados.

O circuito também apoia ONGs e projetos locais. No ano passado, 35 organizações foram envolvidas. Em uma das ações, mulheres bolivianas da ONG Flor da Kantuta costuraram 200 necessaires que foram usadas para montar kits de higiene distribuídos para 151 famílias em situação de rua. Já o projeto Novas Ondas promove encontros entre crianças da comunidade e ídolos do surfe, inspirando e aproximando novas gerações do esporte.

A estrutura oferecida aos atletas e ao público é um dos pontos altos. Há salas de fisioterapia, lounges, espaços de convivência, área VIP, loja oficial, ativações de patrocinadores, além de serviços exclusivos para clientes do Banco do Brasil. Luana Soares, campeã sul-americana de longboard, exaltou a estrutura da etapa em São Sebastião, destacando o conforto e a qualidade oferecidos pela organização.

A cultura também está presente. A cada ano, o pôster oficial da temporada é assinado por um artista diferente. Já passaram pelo circuito nomes como Tom Veiga, Nazura e Bacaro Borges, que unem arte e identidade regional à linguagem do surfe. Em 2023, pela primeira vez, a arte do circuito foi criada com auxílio de inteligência artificial.

Além dessas ações, o banco seguirá investindo diretamente na carreira de surfistas como Ítalo Ferreira, Tatiana Weston-Webb, Tainá Hinckel e Silvana Lima.

O entretenimento completa a experiência. Shows como os de Donavon Frankenreiter e Gabriel O Pensador animam o público, e a bilheteria é revertida para causas sociais. Atividades como aulas de surfe, yoga, funcional, clínicas de altinha, espaço infantil e áreas de lazer como tirolesa e escalada garantem diversão para todas as idades.

Para o presidente da WSL na América Latina, Ivan Martinho, o circuito vai além da competição. “Ele gera entretenimento para o público, oportunidade para os surfistas e traz um legado importante com ações ambientais e sociais. É uma competição que apoia o esporte, mas que traz consigo uma série de benefícios e valores que vão muito além”, afirma.

Maurício Toledo, gerente executivo de Promoção e Patrocínio do Banco do Brasil, destaca que o surfe está alinhado com a marca. “Ao fomentar essa competição, impulsionamos novos talentos e fortalecemos a conexão com um público engajado com esporte, cultura e sustentabilidade”, diz.

A Brazilian Storm não precisa ser passageira. Com iniciativas como o Circuito Banco do Brasil de Surfe, o país mostra que é possível manter o alto nível competitivo, revelar novos talentos, transformar comunidades e preservar o meio ambiente. Para que essa tempestade siga soprando forte pelos mares do Brasil e do mundo, é preciso continuar investindo em estrutura, inclusão e legado. O futuro do surfe brasileiro já começou — e ele pode ser duradouro.

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Fonte: InfoMoney

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