A tumba de Tutancâmon foi descoberta intacta há mais de 100 anos, tornando-se uma das mais importantes descobertas da arqueologia moderna. O achado do túmulo intacto no Vale dos Reis, próximo a Luxor, trouxe revelações sobre a história, o modo de vida e as características do Egito Antigo. Mas um ponto sobre a vida do rei Tut segue cercado de mistérios: sua morte.
Durante décadas, muitos especularam sobre a morte do faraó, e até hoje o tema ainda provoca debates entre arqueólogos. No entanto, existem algumas hipóteses aceitas atualmente.
Qual a causa da morte?
Uma série de exames de DNA feitos em 2010 revelou que Tutancâmon sofria de malária e possivelmente de uma infecção grave na perna, causada por um ferimento aberto. De acordo com os pesquisadores, essa combinação de problemas pode ter levado à sua morte prematura.
A deficiência de locomoção e a doença malárica sofridas por Tutancâmon são apoiadas pela descoberta de bengalas e uma farmácia da vida após a morte em seu túmulo
Zahi Hawass, no estudo publicado no JAMA
Porém, isso não é uma unanimidade. Em 2017, a pesquisadora egiptóloga Sofia Aziz sugeriu que Tutancâmon pode ter morrido após se ferir enquanto dirigia uma carruagem embriagado. Parece uma conclusão maluca, mas ela apresenta indícios.
Aziz afirmou que, por exemplo, o estoque de vinho encontrado na tumba pode ser um indício de sua vida boêmia. Segundo a pesquisadora, ele teria quebrado a perna enquanto dirigia sua carruagem.
Mas, essa história é encarada com bastante ceticismo, assim como outras hipóteses que envolvem, por exemplo, que o faraó teria sido assassinato por um golpe na cabeça, o que nunca foi comprovado.
Atualmente, apesar as polêmicas, a versão mais aceita é mesmo a da infecção causada pela fratura na perna, que teria levado o líder egípcio ao óbito.
Quem foi Tutancâmon?
Tutancâmon foi um jovem faraó que reinou sobre o Antigo Egito durante a XVIII dinastia, entre aproximadamente 1332 a.C. e 1323 a.C. Ele é lembrado por sua ascensão precoce ao trono, assumindo o poder aos nove anos de idade. Assim como sua subida ao poder, sua morte também foi precoce e até hoje é motivo de debate. Teorias recentes sugerem que uma fratura na perna, combinada com malária, pode ter contribuído para sua morte.
Tutancâmon é provavelmente o faraó mais conhecido do Egito Antigo, o que faz muitos pensaram que isso se dá pela importância do seu reinado, mas apesar dos legados deixados pelo Tut, a sua fama se deve por um outro motivo, que ocorreu séculos depois de sua morte.
A fama de Tutancâmon é por conta da descoberta da sua tumba, em 1922. O achado do túmulo intacto no Vale dos Reis, próximo a Luxor, trouxe revelações sobre a história, o modo de vida e características do Egito Antigo. Mas por que apenas a tumba do Tut trouxe esses detalhes?
Imperadores egípcios tinham o costume de serem “enterrados” com boa parte de seus pertences, inclusive jóias e muito ouro. Ao longo dos séculos boa parte das tumbas foram saqueadas no Egito Antigo, mas isso não aconteceu com a do Tutancamon, que até hoje é a única encontrada de forma intacta.
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Fonte: Olhar Digital
