Há cerca de 4,5 bilhões de anos, uma nuvem de gás em colapso deu origem ao Sol, marcando o início do nosso sistema solar. Com o nascimento da estrela, o material remanescente formou um disco protoplanetário — uma imensa faixa de gás e poeira em torno do Sol.
Em um artigo no site The Conversation, Christopher Palma, professor de Astronomia e Astrofísica da Penn State University, explica como ocorreu esse processo.
“Partículas colidiam e se agregavam como flocos de neve virando bolas de neve”, explica Palma. Esse processo de acréscimo formou desde pequenos seixos até planetas inteiros.
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A linha de gelo
- Um fator decisivo na formação planetária foi a chamada linha de gelo, localizada na região que hoje corresponde ao cinturão de asteroides.
- Ali, era frio o suficiente para o gelo se formar, contribuindo para o surgimento dos gigantes gasosos — Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
- Já os planetas internos, como a Terra, surgiram mais lentamente por estarem em uma região mais quente e com menos material.
“Júpiter e Saturno se formaram rapidamente, em poucos milhões de anos”, observa Palma. Já os planetas internos levaram até 100 milhões de anos. Apesar da diferença parecer grande, é uma fração mínima na escala cósmica.
A influência crucial de Júpiter
Após sua formação, os planetas migraram. Netuno trocou de posição com Urano, e Júpiter se moveu para dentro, influenciando dramaticamente o ambiente. Sua gravidade empurrou detritos, moldou o cinturão de asteroides e ajudou a posicionar a Terra na zona habitável — nem quente, nem fria demais.
“Se Júpiter não tivesse se formado do jeito que se formou, talvez não estivéssemos aqui”, conclui Palma.

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Fonte: Olhar Digital