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Como as emoções vão impactar o mercado de moda em 2027?

Algumas das emoções mais sentidas nos últimos anos envolvem contrastes. Enquanto o estresse, o tédio e a sensação de desregulação aparecem como sentimentos negativos, as pessoas também estão buscando por atividades que as tragam pertencimento, serenidade e inspiração. Segundo a consultoria de tendências WGSN, estas emoções irão desencadear três sentimentos que devem moldar como as pessoas consomem e como as marcas se adequarão para atender as necessidades nos próximos anos.

Para 2027, a WGSN prevê três emoções: alegria estratégica, “desvontade” e otimismo cético. Essas tendências indicam mudanças importantes para o mercado. Quando colocadas sob a ótica do mercado de moda, é possível analisar possíveis tendências para os próximos anos.

A primeira emoção mencionada, a alegria estratégica, surge como uma evolução de previsões anteriores da WGSN, que falavam em encantamento (2024), imaginação (2025) e micro alegrias (2026). Em 2027, consumidores e empresas passam a valorizar o brincar como ferramenta para autodescoberta, conexão e inclusão. Segundo a consultoria, pesquisas indicam que marcas que adotam um tom mais leve e bem-humorado melhoram sua relação com o público.

No setor da moda, isso deve se traduzir em coleções que valorizem diversidade, conforto emocional, com peças com cores vibrantes, estampas lúdicas, modelagens confortáveis que permitam movimento.

Já o conceito de “desvontade” reflete o desejo de aliviar responsabilidades. Segundo a consultoria, o conceito criado por John Koenig aponta para uma busca por vida mais simples, com menos demandas e maior significado nas relações. Em 2027, a “desvontade” será uma estratégia de combate à fadiga, com mais pessoas buscando desconexão digital e práticas de autocuidado.

Nas vitrines, serão esperadas coleções com peças versáteis, duráveis, de fácil cuidado e práticas, alinhadas ao consumo consciente e minimalista. A moda focada em loungewear, athleisure ou peças essenciais e duráveis que não demandem constante atenção ou substituição podem crescer ainda mais no mercado.

O otimismo cético, por sua vez, será a postura emocional predominante para grande parte da população. O sentimento unirá o otimismo à desconfiança diante das grandes transformações tecnológicas, como a inteligência artificial, e a influência de empresas dominantes de tecnologia.

Esse cenário traz uma relação complexa com a tecnologia, entre fascinação e apreensão, alimentada pelo encanto com as novas possibilidades, medo das consequências não intencionais e desilusão por expectativas não atendidas.

No consumo de moda, o otimismo cético pode levar a uma busca por transparência e autenticidade nas marcas, que precisam construir confiança em meio à desconfiança generalizada. Coleções poderão refletir esse equilíbrio, mesclando inovação tecnológica, como tecidos inteligentes ou produção sustentável, com um design que transmite segurança e sobriedade.

As marcas e criadores de conteúdo terão a função de mitigar dúvidas e oferecer experiências que transmitam equilíbrio e confiança em uma era de sentimentos negativos.

Fonte: Exame

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