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China testa acoplamento de satélites para reabastecimento no espaço

A China acaba de realizar um teste importante para a exploração espacial: dois satélites do país se aproximaram e possivelmente se acoplaram a milhares de quilômetros acima da Terra. O experimento faz parte de um plano para testar o reabastecimento de espaçonaves em órbita.

Segundo a empresa suíça s2a Systems, que monitora objetos espaciais, os satélites chineses Shijian-21 e Shijian-25 se moveram um em direção ao outro em uma região do espaço chamada órbita geossíncrona, a cerca de 36 mil quilômetros de altitude.

Imagens feitas do solo mostraram que os dois satélites chegaram tão perto um do outro no dia 14 de junho que pareciam um só, sugerindo que eles fizeram um teste de aproximação e talvez até tenham se encaixado e se separado.

De acordo com publicações no X (antigo Twitter) da s2a Systems, também houve uma aproximação no dia 13. Esses testes servem para treinar manobras de reabastecimento e manutenção de satélites, o que pode aumentar a vida útil desses equipamentos e reduzir o lixo espacial.

China demonstra domínio em tecnologias espaciais sofisticadas

O satélite Shijian-25 foi lançado em janeiro justamente com o objetivo de testar esse tipo de operação de transferência de combustível. Já o Shijian-21, lançado em 2021, foi usado para empurrar um satélite antigo para uma órbita mais distante, onde ele não oferece riscos.

China testa acoplamento de satélites para reabastecimento no espaço
Lançamento do satélite militar de mitigação de detritos espaciais da China Shijian-21 em 24 de outubro de 2021. Crédito: CASC

Ambos foram construídos pela Academia de Tecnologia de Voos Espaciais de Xangai, uma empresa estatal chinesa. A missão mostra o avanço do país em tecnologias espaciais complexas.

Segundo o site Space.com, satélites dos EUA, chamados USA 270 e USA 271, estavam posicionados perto dos satélites chineses e provavelmente acompanharam os testes. Essas espaçonaves norte-americanas são usadas para vigilância espacial.

25 de junho de 2025 - 02:03
Um foguete Long March 3B decola de Xichang, enviando o satélite Shijian-25 à órbita, em 6 de janeiro de 2025. Crédito: CGTN

Os EUA também realizam testes parecidos. A empresa Northrop Grumman já conseguiu prolongar a vida útil de satélites usando veículos espaciais específicos. A japonesa Astroscale pretende testar tecnologias semelhantes em breve.

Esses avanços mostram que vários países e empresas estão se preparando para um futuro com satélites mais duráveis e com menos lixo espacial.

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Missão espacial chinesa inédita envia primeira imagem à Terra

No mês passado, os chineses lançaram a sonda Tianwen-2, primeira missão do país para coletar amostras de um asteroide. O lançamento foi no dia 28, às 14h31 (pelo horário de Brasília), usando um foguete Long March 3B, que decolou do centro espacial de Xichang.

Uma semana depois, a Administração Espacial Nacional da China (CNSA) divulgou a primeira imagem enviada à Terra pela espaçonave, que já está operando bem, a mais de três milhões de quilômetros daqui, de acordo com um comunicado da agência. Até então, só haviam sido disponibilizadas ilustrações digitais. Saiba mais aqui.

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Fonte: Olhar Digital

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