Durante a 31ª Reunião de Ministros do Comércio do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), realizada nos dias 15 e 16 de maio de 2025 em Jeju, na Coreia do Sul, o porta-voz da China, Li Chenggang, criticou a adoção recente de tarifas de “reciprocidade” por algumas economias, classificando a prática como uma violação clara das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Segundo Li, essas medidas unilaterais têm provocado atritos comerciais e turbulência na economia global, comprometendo o sistema multilateral de comércio. A postura, afirmou, tem gerado forte insatisfação e oposição explícita de diversos parceiros comerciais.
Apelo por cooperação e multilateralismo
Em seu discurso, o representante chinês defendeu que os países membros da APEC devem atuar conjuntamente para preservar a estabilidade da ordem econômica e comercial internacional. Ele ressaltou a importância de praticar o verdadeiro multilateralismo e de se opor firmemente ao unilateralismo e ao protecionismo.
Também destacou a necessidade de lidar com os impactos negativos das tarifas unilaterais de forma objetiva, garantindo um fluxo comercial global sem obstáculos dentro do arcabouço da OMC.
Propostas para fortalecer a ordem econômica global
Li Chenggang enfatizou ainda a urgência de promover mudanças. Entre as medidas propostas, estão:
- Avanço nas discussões sobre desenvolvimento;
- Busca por resultados concretos na 14ª Conferência Ministerial;
- Incorporação de acordos de facilitação de investimentos e comércio eletrônico ao sistema jurídico da organização;
- Retomada do funcionamento do mecanismo de solução de controvérsias;
- Conclusão de negociações de adesão pendentes;
- Fortalecimento da representatividade e autoridade da entidade.
A fala do porta-voz reflete a posição da China frente às tensões comerciais globais e a importância de manter um sistema de comércio justo e multilateral.
Fonte: Exame