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China busca produtos agrícolas da Argentina para substituir importados dos EUA

A China assinou uma carta de intenção com exportadores na Argentina para comprar cerca de US$ 900 milhões (R$ 5,1 bilhões) em soja, milho e óleo vegetal. É a mais recente indicação de que o país asiático está evitando adquirir esses produtos dos Estados Unidos durante a guerra comercial promovida pelo presidente Donald Trump.

Autoridades chinesas estiveram em Buenos Aires na quarta-feira para assinar o acordo não vinculativo, segundo duas pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela agência Bloomberg, que não puderam ser identificadas por discutirem conversas privadas. O jornal argentino Clarín foi o primeiro a noticiar o acordo.

Maior comprador de soja

A China já é o maior comprador de soja não processada da Argentina, assim como do grão brasileiro. Além disso, Pequim, que já era cliente do óleo de soja argentino, abriu seu mercado parra o milho do país sul-americano no ano passado.

Embora não seja o primeiro acordo desse tipo, um compromisso tão grande e antecipado da China por produtos agrícolas argentinos é incomum. E sua concretização em meio à escalada da guerra comercial é um sinal de que a China está disposta a manter as tarifas sobre importações dos EUA — em retaliação aos tributos impostos por Trump aos produtos chineses exportados para o mercado americano — e, em vez disso, buscar produtos agrícolas na América do Sul.

A trading chinesa Cofco International afirmou hoje, em um comunicado de sua assessoria de imprensa em Buenos Aires, que chegou a um entendimento com a Sinograin, empresa estatal responsável pela gestão das reservas estratégicas de alimentos da China, para “ampliar o fornecimento de commodities agrícolas da Argentina para a China e explorar uma cooperação de longo prazo.”

Paralelamente, o Fufeng Group Ltd. da China está interessado em construir uma planta de processamento de milho, informou a Sociedade Rural Argentina em um post no X (antigo Twitter) no mês passado.

Fonte: Exame

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