Não é novidade que as bolsas globais pelo mundo têm enfrentado forte volatilidade desde o anúncio das tarifas recíprocas de Donald Trump, no dia 2 de abril.
Entre dias de altas e baixas, o Ibovespa registra alta de quase 5% desde o anúncio do “tarifaço”.
Mesmo assim, em meio ao período de incertezas e variações bruscas, muitos investidores podem querer passar longe da renda variável e aguardar uma melhora do cenário.
No entanto, para o estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda, o momento é propício para “garimpar” oportunidades na bolsa.
“Há muita dúvida, mas não necessariamente não há oportunidade. Os investidores que têm sido hábeis têm conseguido ganhar dinheiro. As quedas dentro do Ibovespa foram concentradas em ações ligadas às commodities. Dentre os papéis ligados ao ciclo doméstico, muitos se deram bem ultimamente”, disse Miranda em entrevista à Veja.
O analista defende ainda que é preciso ser seletivo e “não ir de peito aberto”, mas sim “aproveitar oportunidades” que o cenário tem oferecido.
“Vai ter bastante diferenciação [entre ativos] no pós-pânico, e é isso que o investidor deve garimpar”, disse
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Por que o Brasil ser beneficiado da guerra tarifária?
Segundo Miranda, a guerra comercial de Trump não favorece nem os Estados Unidos nem a China.
No caso dos EUA, o país perde “a grande referência que norteava os valores ocidentais clássicos, o multilateralismo, o princípio do livre comércio, a livre concorrência”, avalia o CIO da Empiricus.
A China, por outro lado, perde por ter um modelo econômico “muito pautado em exportações”.
Na ponta ganhadora, estão a Europa e o Brasil, na visão de Miranda.
“Estamos na alíquota mínima das tarifas, somos uma economia relativamente fechada, então somos menos afetados pelos fluxos de comércio. E sobra nessa história toda um juro menor. Podemos ter uma Selic abaixo de 10% no ano que vem. Em termos líquidos, o Brasil é ganhador”, avalia.
O analista destaca que, mesmo com a turbulência causada por Trump, o Ibovespa vai bem em 2025, com uma valorização superior a 12%.
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Como montar a carteira de investimentos ‘ideal’ para o cenário?
Ainda na entrevista à Veja, Felipe Miranda faz recomendações para montar uma boa carteira de investimentos para o cenário atual. Ela inclui:
- Uma posição grande em renda fixa pós-fixada. “Você não precisa ser herói. Se proteger no CDI fazendo caixa neste momento é uma boa ideia”.
- Uma posição em ouro. “Historicamente o grande beneficiado pelo recrudescimento das tensões políticas”.
- Uma cesta de moedas fortes.
- Juro real brasileiro, através dos títulos IPCA+. “Está pagando acima de IPCA+ 7,5% ao ano. Tem que se aproveitar disso”.
- Ações brasileiras menos impactadas ou até beneficiadas pela mudança de fluxo no comércio global.
Confira 10 ações que podem se beneficiar da dinâmica atual
Periodicamente, os analistas da Empiricus compilam as ações mais promissoras em uma carteira disponibilizada como cortesia a todos os investidores interessados.
A seleção deste mês leva em consideração o cenário atual e os papéis que podem se beneficiar dele.
Entre as ações selecionadas, estão as da Localiza (RENT3). A empresa é uma das que se “beneficiam” do tarifaço de Trump, já que com o preço dos carros novos em alta por conta das taxações, os preços dos veículos usados também sobem e auxiliam a companhia a resolver seu problema de depreciação.
Mas além de RENT3, existem outras 9 ações que estão em momento oportuno para comprar agora. E a boa notícia é que você pode conferir a tese em cada uma delas em um relatório gratuito.
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Fonte: Exame