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Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave disparam no Brasil

Com a aproximação do inverno, o Brasil vê crescer de forma preocupante os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). De acordo com o mais recente boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), já foram notificados cerca de 45 mil casos da doença apenas em 2025. Grandes capitais como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Belo Horizonte (MG) estão em níveis de alerta, risco ou alto risco, com tendência de alta nos registros.

A SRAG – Síndrome Respiratória Aguda Grave – é uma infecção respiratória grave que pode evoluir para insuficiência respiratória e, em casos muito severos, levar à morte. Os sintomas incluem febre persistente, tosse, dificuldade para respirar, dor no peito e queda da oxigenação no sangue. A condição pode ser provocada por diferentes agentes infecciosos, incluindo os vírus Influenza A e B, o coronavírus (COVID-19), o vírus sincicial respiratório (VSR), entre outros.

Segundo o pneumologista Cristiano Nascimento, Superintendente Nacional da MedSênior, a transmissão ocorre principalmente por gotículas expelidas ao tossir, espirrar ou falar, além do contato com superfícies contaminadas: “A SRAG exige vigilância constante, especialmente nos grupos mais vulneráveis, como os idosos”.

Idosos são os mais vulneráveis

Os idosos representam o grupo de maior risco para o agravamento da SRAG. Com a imunidade naturalmente mais baixa e presença de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, esse público pode apresentar evolução mais rápida e perigosa da doença. Por isso, os cuidados preventivos são fundamentais.

As principais recomendações incluem vacinação contra a gripe e COVID-19, evitar aglomerações, monitorar sintomas respiratórios e manter o controle de doenças já existentes com acompanhamento médico regular.

Frio aumenta os riscos

Com a chegada do frio, as infecções respiratórias se tornam mais comuns: “As temperaturas mais baixas favorecem a circulação de vírus, pois as pessoas tendem a permanecer em ambientes fechados e mal ventilados, aumentando o risco de contágio”, explica o Dr. Cristiano. Além disso, o ar seco e frio resseca as vias respiratórias, tornando o corpo mais suscetível a infecções.

Previsão do tempo: semana será de frio intenso

A previsão para os próximos dias reforça a preocupação com o avanço da SRAG. Segundo institutos meteorológicos, uma massa de ar polar avança sobre o Sul e Sudeste do país, derrubando as temperaturas. Confira a previsão para algumas capitais:

  • São Paulo (SP): mínimas de 10°C e máximas de 20°C ao longo da semana, com possibilidade de chuvas leves e tempo nublado.
  • Curitiba (PR): termômetros devem marcar entre 6°C e 16°C, com alta umidade e sensação térmica ainda mais baixa.
  • Porto Alegre (RS): queda brusca de temperatura, com mínimas em torno de 5°C.
  • Belo Horizonte (MG): temperaturas variando entre 11°C e 22°C, tempo seco e céu parcialmente nublado.

Especialistas alertam que, com o frio, é importante reforçar os cuidados com a saúde respiratória. “É hora de redobrar a atenção com vacinação, manter ambientes arejados e buscar ajuda médica nos primeiros sinais de agravamento dos sintomas”, orienta o pneumologista.

Atendimento virtual é aliado na prevenção

Para facilitar o acesso ao atendimento, a triagem e a teleconsulta com profissionais da saúde são ideais para casos de baixa e média complexidade. O serviço permite ao paciente relatar sintomas e receber orientações, receitas ou pedidos de exame sem sair de casa — uma alternativa importante para evitar exposição ao vírus. Diante do crescimento dos casos de SRAG e da chegada do inverno, a prevenção é o melhor remédio, de acordo com Nascimento: ”A combinação de baixas temperaturas, aglomerações e baixa imunidade forma o cenário ideal para o avanço da doença. Por isso, vacinação, higiene, cuidados médicos e acesso rápido a serviços de saúde são estratégias essenciais para proteger a população — especialmente os mais vulneráveis”, completou.

Fonte: CNN Brasil

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