A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta terça-feira (29), um requerimento para convidar os presidentes do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do Banco Master, Daniel Vorcaro, a prestarem esclarecimentos sobre a compra do Banco Master pelo BRB.
O pedido foi apresentado pela bancada do Distrito Federal, formada pelas senadoras Damares Alves (Republicanos) e Leila Barros (PDT), e pelo senador Izalci Lucas (PL).
“Esse caso está causando muita inquietação na sociedade. Entendemos que a vinda deles aqui acalmaria a sociedade e traria as explicações necessárias. Daríamos um passo para esclarecer tudo que está acontecendo”, afirmou Damares ao defender o requerimento.
Com a aprovação do requerimento, agora cabe ao presidente da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), definir a data e pautar a audiência.
Em março deste ano, o conselho de administração do BRB aprovou o contrato de compra e venda de ações do Banco Master, conforme comunicado divulgado em fato relevante ao mercado.
Pelo acordo o BRB vai adquirir 49% das ações ordinárias, 100% das preferenciais e, consequentemente, 58% do capital total do Master, garantindo voto no conselho de administração.
O Banco de Brasília irá desembolsar valor equivalente a 75% do patrimônio líquido do Master para concluir a transação.
Na última quarta-feira (23), a Justiça do Distrito Federal negou um pedido para suspensão liminar da compra do Banco Master pelo Banco BRB. A ação foi pedida pelo presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araujo de Souza.
De acordo com a decisão, os argumentos utilizados na ação são relevantes, mas que “não estão amparados em prova robusta” para chegar na decisão pedida.
Na visão de Reis, relatórios opinativos contra a compra não são suficientes, e carecem de aprofundamento para o contraditório, “bem como definição da competência em razão da matéria e da pessoa para apreciar os pedidos formulados nesta ação constitucional”.
Segundo o Banco de Brasília, o Master será incorporado ao Conglomerado Prudencial do Banco BRB, em linha com sua estratégia de fortalecimento no mercado financeiro.
“O novo conglomerado prudencial visa fortalecer a atuação conjunta no mercado, pela oferta completa de produtos e serviços bancários, de seguridade, meios de pagamento e investimentos a pessoas físicas e jurídicas, presença nacional e estrutura de governança, capital, liquidez, rentabilidade e conformidade regulatória compatível com o porte do novo conglomerado”, aponta o fato relevante.
O BRB avalia que a complementaridade entre os negócios, o acesso a recursos especializados, o fortalecimento de sua governança e outros fatores sustentam a ideia por trás da operação.
Ainda assim, as empresas vão manter suas estruturas distintas, compartilhando governança, expertise, sinergia e coordenação estratégica operacional.
Este conteúdo foi originalmente publicado em CAE aprova convite para ouvir presidentes do Banco Master e do BRB no site CNN Brasil.
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