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Bombril apresenta plano de recuperação judicial

A Bombril (BOBR4), conhecida pelas esponjas de aço e outros produtos de limpeza, apresentou o plano de recuperação judicial na noite desta terça-feira, 22.

O Grupo Bombril informou no dia 10 de fevereiro de 2025 o pedido de recuperação judicial à 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e Conflitos de Arbitragem do Estado de São Paulo. O principal motivo está relacionado a autuações da Receita Federal, que apontam a suposta falta de recolhimento de tributos sobre operações de aquisição de títulos de dívida estrangeiros (T-Bills).

O montante discutido nos processos judiciais é estimado em R$ 2,3 bilhões. Além disso, a companhia enfrenta obrigações financeiras com vencimentos antecipados que podem chegar a R$ 220 milhões. Entre os principais credores estão bancos e instituições financeiras, como Banco ABC Brasil, C6 Bank, Banco Daycoval e Tribanco.

No plano da companhia consta as propostas de recuperação, como a reorganização societária, com possibilidade de fusões, cisões e outras operações para eficiência organizacional; e alienação de ativos com a criação de Unidades Produtivas Isoladas (UPIs). Por exemplo, a venda de uma unidade fabril completa sem os passivos associados.

Outra medida é a captação de novos recursos para continuidade das operações, com novos financiamentos, empréstimos e linhas de crédito. Também há a possibilidade de oferecer garantias reais ou fiduciárias para obter esses recursos.

As empresas do grupo irão reestruturar suas dívidas com os credores concursais, aqueles sujeitos à recuperação judicial, oferecendo opções de pagamento conforme o tipo de crédito. As opções podem ser descontos no valor devido, parcelamento em longo prazo (alguns com início em até 60 meses), pagamentos à vista com limite de valor e correção monetária baseada na Taxa TR.

“O plano estabelece os termos e condições propostos relativamente às principais medidas que poderão ser adotadas visando a superação da atual situação econômico-financeira da Companhia, a continuidade de suas atividades, a preservação de valor e a promoção de sua função social”, disse a empresa em comunicado a CVM.

Formas de Pagamento aos Credores

Os credores trabalhistas possuem duas opções para receber o pagamento. Até R$ 10 mil à vista em até 30 dias após publicação do quadro de eleição ou 30% do valor em um ano após homologação do plano. Os salários atrasados dos três meses anteriores devem ser pagos em até 30 dias após a homologação.

Os credores com garantia real, microempresas e os credores quirografários, aqueles que não tem garantia específica sobre bens da empresa e não são prioridades em caso de falência, devem receber até R$ 10 mil à vista ou 30% parcelado em 10 parcelas semestrais, a partir de 60 meses.

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