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Bolsonaro gerou desconforto ao levar Torres para live sobre urnas, diz delegado da PF

Bolsonaro gerou desconforto ao levar Torres para live sobre urnas, diz delegado da PF

Braulio do Carmo Vieira, ex-secretário de Operações Integradas do Ministério da Justiça e testemunha do ex-ministro da Justiça Anderson Torres na ação penal que investiga tentativa de golpe de Estado, afirmou que a live feita em 2021, em que foram feitos ataques à lisura do processo eleitoral, sem provas, causou “desconforto” ao ex-chefe da pasta, que teria sido convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para participar da transmissão.

“Pelo que me recordo, houve uma convocação do presidente da República”, afirmou o delegado da Polícia Federal, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 27.

Torres então, segundo ele, procurou técnicos da Polícia Federal para que levantassem documentos sobre a segurança das urnas eletrônicas. “Houve desconforto pelo desconhecimento técnico do tema”, relatou.

Ainda de acordo com Vieira, o documento apresentado naquela live foi elaborado por peritos criminais da Polícia Federal. Ele também disse desconhecer o teor desse texto.

Torres é réu nessa ação penal e chegou a ficar preso preventivamente por quatro meses por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes.

O ex-ministro é investigado sobre a atuação das forças de segurança (à época, ele ocupava a função de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal) durante a invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, e depois virou réu na ação penal sobre golpe de Estado. A PF encontrou na casa de Torres uma minuta de decreto para anular as eleições e instaurar Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na manhã desta terça-feira foram ouvidos funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da PF e da PRF durante o governo Bolsonaro.

O ex-diretor de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Djairlon Henrique Moura disse ao STF que blitze durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022 ocorreram para verificar a condição dos carros e dos transportadores, mas não impediram o fluxo de veículos de transporte durante a data. “Mais de 60% dos veículos fiscalizados não demoraram mais que 15 minutos para liberá-los”, disse.

Ele também negou que houve um direcionamento específico para o Nordeste, ainda que tenha confirmado que, dias antes, houve uma operação da PRF em ônibus que estavam se deslocando do Centro-Oeste e do Sudeste para o Nordeste.

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Fonte: InfoMoney

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