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Bolsonaro desafia Moraes ao sair de hospital, mas não deve ir ao ato pró-anistia

Bolsonaro desafia Moraes ao sair de hospital, mas não deve ir ao ato pró-anistia

BRASÍLIA (Reuters) – O ex-presidente Jair Bolsonaro teve alta hospitalar no final da manhã deste domingo após uma internação de três semanas desde que foi submetido a uma cirurgia de desobstrução intestinal, desafiou novamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, mas, por recomendação médica, não deve acompanhar pessoalmente o ato pró-anistia previsto para a próxima quarta-feira em Brasília.

Em rápida fala na saída do hospital DF Star, com a voz fraca ao lado dos médicos, familiares e apoiadores, Bolsonaro agradeceu às pessoas que oraram pela sua recuperação e prometeu dar uma entrevista em breve a veículos de imprensa para “botar um ponto final” nas acusações a que responde.

O ex-presidente tornou-se réu no final de março no STF por tentativa de golpe de Estado e outros crimes, em relação aos quais sempre negou qualquer tipo de envolvimento.

Na fala, Bolsonaro disse que teria feito sua defesa no caso sem todos os elementos, acrescentando que imagens que foram preservadas por questão de foro íntimo poderiam ajudá-lo. Ele também voltou a defender a anistia, dizendo que houve “pessoas inocentes com penas de até 17 anos de cadeia”.

“O senhor Alexandre de Moraes acabou de dizer que agora entregou tudo pra nós. Ué, nós fizemos a defesa sem tudo,” afirmou ele, voltando a dizer que não poderia ser relacionado a atos ocorridos no Brasil enquanto estava à época nos Estados Unidos.

“Não adianta alguém falar que anistia é perdão e o que aconteceu é imperdoável. Não teve uma gota de sangue. Não teve uma arma de fogo. Nada”, criticou.

Sem recomendação

O médico Cláudio Birolini, que chefiou a equipe da cirurgia do ex-presidente, disse que a recomendação é para que Bolsonaro não compareça pessoalmente ao ato pró-anistia marcado para a próxima quarta-feira, 8 de maio, às 16 horas.

“Passamos as instruções diretamente para o presidente para que ele não participe diretamente do ato”, afirmou, ao lado de Bolsonaro.

O médico Leandro Echenique, do DF Star, reforçou que ele deve evitar aglomerações até pelo risco de infecções, então terá uma primeira semana de alta hospitalar em que ficará mais resguardado. Ressaltou que ainda assim o ex-presidente, aos 70 anos, teve uma “recuperação fantástica, muito acima da média” para a sua idade.

Bolsonaro foi recepcionado na saída do hospital por um grupo de cerca de 30 apoiadores, que oraram por ele.

O ex-presidente passou no dia 13 de abril por uma cirurgia para desobstrução intestinal depois de passar mal com fortes dores abdominais enquanto participava de evento político no Rio Grande do Norte.

Essa foi a sexta operação a que Bolsonaro se submeteu por causa de uma facada que sofreu em setembro de 2018 enquanto fazia campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG). O ex-presidente também já teve outros episódios de obstrução intestinal.

Na quinta-feira passada, Bolsonaro já havia feito uma convocação para que parlamentares e simpatizantes comparecessem ao ato em defesa da anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

Aliados do ex-presidente buscam articular no Congresso a aprovação de uma proposta para garantir uma ampla anistia e que beneficiaria também o próprio Bolsonaro.

(Reportagem de Ricardo Brito)

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