O Ibovespa ultrapassou, pela primeira vez, a marca dos 140 mil pontos, no pregão desta segunda-feira (19), ao tocar nos 140.203 pontos no intraday. Logo após o atingimento do recorde, o principal índice da bolsa, passou por um movimento de correção, terminando com alta de 0,32%, aos 139.637 pontos.
Após esse marco, investidores já se questionam: qual será o novo marco do Ibovespa? Entre os próximos alvos estão patamares como 143,5 mil pontos ou 145 mil pontos. Mas um indicador técnico traz um sinal de alerta: o Índice de Força Relativa (IFR).
Do ponto de vista da análise técnica, apesar do viés claramente positivo da Bolsa brasileira, o IFR diário se encontra em 72,24, indicando zona de sobrecompra — fator que historicamente antecede movimentos corretivos.
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A entrada de capital estrangeiro tem sido um dos principais motores dessa valorização, impulsionada por uma rotação de carteiras globais em busca de mercados emergentes com fundamentos sólidos e múltiplos atrativos.
Apesar do cenário positivo, do ponto de vista fundamentalista, analistas alertam para riscos internos que podem afetar a continuidade desse movimento, como a necessidade de manutenção de juros em níveis restritivos para conter a inflação.
Para entender até onde o preço do Ibovespa podem ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica do Ibovespa
No curto prazo, o Ibovespa segue operando em forte tendência de alta no gráfico diário, sustentada desde a mínima do ano registrada em 118.222 pontos. Desde então, o índice vem formando topos e fundos ascendentes, negociando consistentemente acima das médias móveis, que seguem inclinadas para cima — o que reforça a força compradora no movimento.
A nova máxima histórica foi registrada nesta segunda-feira (19/05) nos 140.203 pontos, marca que agora se torna referência imediata para a continuidade do rali. Caso o índice consiga superar esse patamar com ganho de tração compradora, os alvos projetados se situam nas regiões de 141.650 a 143.590 pontos, com projeções mais longas mirando os 145.000 a 146.720 pontos.
Apesar do viés claramente positivo, alguns sinais técnicos pedem cautela. O Índice de Força Relativa (IFR) diário se encontra em 72,24, indicando zona de sobrecompra — fator que historicamente antecede movimentos corretivos. Ainda assim, até o momento o índice não apresenta sinais de reversão, mantendo o fluxo comprador ativo.
Caso ocorra um movimento de correção, o primeiro alerta virá com o rompimento das médias móveis e da faixa de suporte entre 137.634 e 132.870 pontos. Abaixo disso, os alvos de correção passam a ser a média de 200 períodos nos 129.070 pontos, seguida pelas regiões de 122.530 e 118.222 pontos.

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Análise de médio prazo
Já no médio prazo, a leitura do gráfico semanal também revela um cenário positivo. O Ibovespa acumula seis semanas consecutivas de alta, e neste mês de maio já sobe 3,38%, ampliando a valorização acumulada de 2025 para mais de 16%. A superação da importante barreira dos 140.000 pontos reforça o apetite comprador e abre espaço para novas máximas.
Contudo, assim como no curto prazo, o movimento já começa a apresentar sinais de esticamento. O afastamento das médias no gráfico semanal e o IFR mais próximo da zona de sobrecompra acendem um sinal de alerta. Ainda não há sinais de correção, mas a possibilidade de um fluxo de ajuste aumenta, principalmente se o índice perder a região de suporte entre 138.586 e 137.634 pontos. Abaixo desse patamar, o mercado pode mirar as faixas de 134.560 a 127.230 pontos, com suportes mais longos nos 122.530 e 118.222 pontos.
Por outro lado, se a tendência de alta prevalecer e o Ibovespa superar os 140.203 pontos, os próximos objetivos projetados ficam entre 140.420 e 144.560 pontos, com projeções mais longas mirando 146.400 a 148.260 pontos.
Em resumo, o Ibovespa segue forte e comprador nos dois horizontes de tempo, mas começa a exigir maior atenção diante dos sinais de sobrecompra e do distanciamento em relação às médias. A tendência segue de alta, mas o investidor deve monitorar de perto os níveis de suporte e resistência para possíveis sinais de reversão ou continuidade.

Suportes e resistências do Ibovespa
Curto Prazo (Gráfico Diário)
Resistências:
- 140.203 pontos – Máxima histórica atual (resistência imediata).
- 141.650 a 143.590 pontos – Região projetada caso haja rompimento da máxima.
- 145.000 a 146.720 pontos – Alvos mais longos em caso de forte continuidade de alta.
Suportes:
- 137.634 a 132.870 pontos – Zona de suporte no curto prazo; perda pode indicar início de correção.
- 129.070 pontos – Média de 200 períodos (suporte técnico importante).
- 122.530 pontos – Suporte relevante e alvo de correção intermediária.
- 118.222 pontos – Mínima de 2025 e principal suporte estrutural do ano até agora.
Médio Prazo (Gráfico Semanal)
Resistências:
- 140.203 pontos – Máxima histórica atual e principal resistência.
- 140.420 a 144.560 pontos – Alvo intermediário em caso de rompimento da máxima.
- 146.400 a 148.260 pontos – Alvo mais longo de expansão da tendência de alta.
Suportes:
- 138.586 a 137.634 pontos – Primeira faixa de suporte relevante no semanal.
- 134.560 a 127.230 pontos – Zona de suporte mais ampla para uma correção mais forte.
- 122.530 pontos – Suporte técnico importante de médio prazo.
- 118.222 pontos – Fundo do ano e suporte de longo prazo.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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Fonte: InfoMoney