Nesta quinta-feira, 15, o bitcoin é negociado acima de US$ 102 mil, após ter apresentado uma breve correção durante a madrugada que levou a criptomoeda para os US$ 101 mil, acendendo o alerta entre investidores, que se questionam se o bitcoin pode retornar para patamares abaixo de US$ 100 mil.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 102.282, com queda de 1,4% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a principal criptomoeda do mercado ainda acumula alta de 2,8%.
Antes das correções, o bitcoin vinha em uma trajetória ascendente que o aproximou de sua última máxima histórica, em US$ 109 mil. A criptomoeda chegou a ser cotada em US$ 105 mil recentemente, elevando o otimismo do setor. Agora, apresenta correção, mas também sinalizou recuperação nas últimas horas.
“Após atingir a máxima de US$ 105.819 no dia 12 de maio, o preço do bitcoin iniciou um período de lateralização de topo que, no curto prazo, pode caracterizar uma distribuição a fim de realizar o movimento corretivo de toda alta acumulada dos últimos 30 dias. Portanto, caso o movimento acima se concretize, o preço da principal criptomoeda do mercado poderá corrigir até as regiões de liquidez de curto e médio prazo dos US$ 94.700 e US$ 86.850”, disse Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio.
“No entanto, caso não ocorra correção, o preço do bitcoin poderá buscar níveis ainda mais altos nas áreas de valor dos US$ 108.200 e US$ 112.800. Mas para que este movimento ocorra, é necessário que o preço do bitcoin supere a resistência dos US$ 105.819 com muita força compradora”, acrescentou.
Recuperação do bitcoin
O Índice de Medo e Ganância, utilizado para medir o sentimento do mercado cripto, ainda sinaliza “ganância” em 70 pontos nesta quinta-feira, 15, indicando que o otimismo ainda permeia o setor.
“Após breve recuo à faixa dos US$ 101.500, o bitcoin retomou rapidamente o movimento altista, validando novamente o suporte gráfico e sinalizando forte presença compradora no curto prazo. Esse comportamento técnico positivo tem sido acompanhado por robustos fluxos institucionais. Somente ontem, ETFs à vista de bitcoin captaram US$ 319,5 milhões, com destaque para o iShares Bitcoin Trust (IBIT), da BlackRock, que sozinho recebeu cerca de US$ 233 milhões, reforçando o crescente interesse institucional pelo ativo”, disse João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual.
“Esses movimentos reforçam a consolidação do bitcoin como reserva de valor e ativo estratégico em múltiplas geografias, abrindo espaço para altas ainda mais expressivas ao decorrer dos próximos meses”, acrescentou.
Fonte: Exame