O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar um acordo que reduz o impacto do IOF na economia, além de propor medidas estruturais.
O desfecho dessa negociação entre governo e Congresso pode sair ainda hoje, antes da viagem do presidente Lula à França.
Haddad já deixou claro que não está desistindo do IOF, mas admitiu calibrar o decreto para corrigir desequilíbrios. Ele conversou com os presidentes da Câmara e do Senado para tentar chegar a um consenso.
Alternativas em estudo
Uma das alternativas em estudo para compensar eventuais perdas de receita com as mudanças no IOF seria buscar fontes de arrecadação no setor de petróleo.
Há uma norma em discussão na Agência Nacional de Petróleo (ANP) que prevê a revisão das regras sobre o preço do petróleo usado no cálculo das participações governamentais, como os royalties.
Essa revisão, segundo estimativas da equipe econômica, poderia elevar a arrecadação em até R$ 10 bilhões por ano. O Ministério de Minas e Energia também apresentou uma série de medidas na área de petróleo e gás que poderiam servir como alternativa ao IOF.
Posicionamento do Banco Central
Em um debate em São Paulo, Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, defendeu que o IOF não deveria ser usado para arrecadação nem para apoio à política monetária. Segundo ele, o IOF é um imposto regulatório.
Galípolo disse que o Banco Central está aguardando a versão final do decreto para avaliar com parcimônia o quanto o aumento do IOF poderá ser incorporado nas projeções do BC.
Ele frisou ainda que o BC ainda está no estágio de discutir o ciclo de alta e que a decisão será tomada no próximo Copom.
Cenário econômico
No cenário econômico, na Europa, a prévia do dado de inflação ao consumidor na zona do euro ficou em 1,9%, abaixo da meta do Banco Central Europeu.
Na China, a atividade industrial medida pelo PMI da S&P Global caiu para 48,3 em maio, indicando uma contração da economia chinesa pela primeira vez em 8 meses.
Esse dado fraco de atividade reforça as preocupações dos investidores com a guerra comercial entre China e Estados Unidos.
Fonte: CNN Brasil