A bolsa brasileira passou a permitir o investimento direto em ações argentinas. A operação é possível via ETF – uma cesta de ativos que é negociada em bolsa. É o primeiro ativo focado especificamente em Argentina lançado no Brasil.
Ao investir no ETF que tem o código ARGT36, o investidor estará exposto a uma série de empresas argentinas que têm ações na bolsa de Buenos Aires ou em Nova York. O ETF segue o índice MSCI All Argentina 25/50, que representa empresas argentinas, e foi lançado pela Global X, gestora americana especializada nesse ativo financeiro.
Entre as elas, estão o Mercado Livre, o grupo bancário Galicia S.A, a petroleira YPF, a filial argentina da varejista chilena Cencosud e a elétrica Pampa Energia.
Apesar de ser novo no Brasil, o ETF que começa a ser negociado em São Paulo já tem mais de dez anos de histórico e já acumula quase US$ 1 bilhão sob gestão.
O ETF tem regras para limitar a concentração às empresas: nenhuma ação pode ultrapassar 25% do peso do índice, e a soma das que têm mais de 5% não pode passar de 50%.
No último mês, o índice Merval — principal referência da Bolsa de Buenos Aires — acumulou queda de 9%. Em um ano, porém, houve forte valorização de 65%.
“A forte demanda pelo ARGT no exterior ao longo de 2024 permitiu que o ETF atendesse aos critérios do programa de BDRs da B3. Agora, o investidor brasileiro pode acessar essa tese com mais facilidade, aproveitando um momento de possível inflexão na economia argentina e exposição a empresas que podem se beneficiar de uma abertura de mercado mais acelerada”, diz Flávio Vegas, especialista de produtos da Global X ETFs, instituição que lançou o ativo no Brasil.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em B3 permite investir em ações argentinas em reais via ETF no site CNN Brasil.
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