A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou uma operação de reabastecimento em pleno voo com aeronaves de caça durante a Cúpula do Brics, que ocorre no Rio de Janeiro entre os dias 6 e 7 de julho. A ação faz parte de um extenso esquema de segurança montado especialmente para o evento, que reúne autoridades internacionais de alto escalão.
Segundo a FAB, o Brasil está entre os poucos países com capacidade estratégica de reabastecimento aéreo, o que permite manter aeronaves em operação por longos períodos e a grandes distâncias. A missão foi realizada com a aeronave KC-390 Millennium, que pode abastecer tanto caças quanto helicópteros em voo, garantindo a prontidão das forças durante todo o período da cúpula.
Assista ao vídeo da CNN que mostra a operação de reabastecimento:
FAB tem esquema de segurança no espaço aéreo
- Como parte das medidas adotadas para o evento, áreas de exclusão foram estabelecidas no espaço aéreo brasileiro, restringindo voos não autorizados sobre determinadas regiões do Rio de Janeiro.
- A FAB confirmou que, no sábado (5), três incidentes foram registrados envolvendo aeronaves civis.
- Duas delas foram interceptadas por caças A-29 Super Tucano após invadir áreas de exclusão. Ambas foram acompanhadas e orientadas a alterar a rota.
- Uma terceira ocorrência envolveu um helicóptero que, ao avistar uma aeronave militar, saiu da área restrita e pousou em local isolado.
- A posição foi informada às Forças de Segurança.
Monitoramento aéreo contínuo
Durante toda a operação, uma aeronave E-99 permaneceu em voo, realizando vigilância eletrônica e atuando no controle do tráfego aéreo nas áreas sensíveis. O aparato faz parte da atuação do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que coordenam as ações em conjunto com o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA).
As operações também contam com aeronaves F-5M, A-29 Super Tucano, KC-390 Millennium, radares aéreos E-99 e helicópteros de resgate H-60L Black Hawk, prontos para responder a qualquer tipo de ameaça identificada durante o evento internacional.
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Controle centralizado de voos
Para dar suporte às operações, o DECEA ativou no dia 3 de julho a Sala Master de Comando e Controle, localizada no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), no Rio de Janeiro. O local funciona como um núcleo estratégico, com autoridade para autorizar, suspender ou cancelar voos, com foco em manter a segurança e previsibilidade da movimentação aérea na região.
Durante o período da cúpula, todas as aeronaves que operarem dentro das áreas de exclusão branca, amarela e vermelha devem apresentar Plano de Voo Completo (PVC), manter o transponder ligado e seguir comunicação constante com o controle aéreo. Violações dessas regras podem levar à classificação da aeronave como suspeita ou hostil, sujeita à aplicação de Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA).
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Fonte: Olhar Digital
