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Augusto Melo nega elo com crime organizado e diz sofrer perseguição

Em entrevista ao CNN Esportes S/A, o presidente afastado do Corinthians, Augusto Melo, negou qualquer relação com o crime organizado e afirmou que tem sido alvo de uma campanha para descredibilizar sua gestão desde o período eleitoral. Segundo ele, a estratégia de oposição inclui ameaças, vigilância e tentativas de impugnação.

“Na nossa gestão, não. Eles tentam criar essa narrativa em cima de mim. Eu tenho quase 45 anos de Corinthians, por isso que eu ganhei com quase 70%. Quem era o Augusto na mídia? Quem era o Augusto pra tirar uma dinastia poderosa, com uma máquina na mão, depois de 17 anos? Ganhei com quase 70%. Eu nunca tive problema com ninguém, nem ética, nem discussão. Sou um cara que tem um carisma muito grande, estou no clube desde moleque, sempre joguei futebol, que era o meu forte, sempre tive uma amizade muito boa, nunca tive problema com a polícia, nunca tive nada”, afirmou.

“A partir do momento que me candidatei, e isso já vem desde a campanha, todos tentaram já impugnar a minha campanha, pois sabiam da minha força no clube. Não conseguiram, venci a eleição e continuaram com essa narrativa de crime organizado”, completou

O presidente relembrou que quebrou voluntariamente o próprio sigilo bancário e disse que passou a viver sob monitoramento.

“Eu que quebrei meu sigilo bancário, meu sigilo telefônico já é, pois sou monitorado desde a eleição, pois tive várias ameaças, a ponto de andar de colete à prova de balas, a ponto da minha filha não poder descer para passear com o cachorro na rua. Foram muitas situações que tivemos que passar para chegarmos onde chegamos.”

“Me sufocaram financeiramente dentro do clube e eu consegui driblar para montar o elenco. Hoje me sufocam emocionalmente, eu e minha família, para que a gente possa desistir. Não vamos desistir, porque não devemos nada, minha vida é limpa, por isso que eu sempre bati de frente. Não mudei minha personalidade, minha essência, e talvez seja isso que incomode. Então não tenho nenhum tipo de ligação com ninguém.”

Ao longo da entrevista, ele também defendeu os resultados da atual gestão. Disse que congelou ingressos e mensalidades, aumentou os valores dos patrocínios e valorizou os ativos do clube.

“Quando assumi o Corinthians, ele já vinha nessa situação grave, que é onde a gente se propôs a pagar isso, e a gente vinha mesmo pagando isso. Eu sou o único presidente que com um ano de dificuldade, mantive o ingresso barato pro nosso torcedor. Eu como gestor minha visão era lotar minha Arena, dar visibilidade pro patrocinador e cobrar o preço que é justo para ele.”

“Tudo que projetei e planejei deu certo. Mantive um ano de ingresso congelado, coisa que nunca um presidente conseguiu fazer, há um ano e meio estou com a mensalidade e o valor do título do clube social congelado. Minha obrigação como presidente é manter isso e buscar dinheiro fora.”

“Daí pra frente comecei a valorizar a camisa de 70 pra 200 milhões, um patrocínio de 17 para 120, um meião de 600 mil pra 1,4 milhão de reais, um calção de 2,5 milhões pra 4,5 milhões de reais. Eu tirei uma barra de 8 milhões pra 15 milhões, a omoplata de oito, pra 15 milhões. Sempre dobrei, tripliquei, mostrando que o Corinthians é uma vitrine e provei agora com os direitos de TV.”

“Ano passado o Corinthians recebeu menos que o Flamengo, nos próximos cinco anos será o clube que mais vai receber direitos de TV e mostrei que o Corinthians é a maior audiência do futebol brasileiro. Estamos batendo recordes de receita, recordes de público, trazendo o corintiano de volta, fazendo ele voltar a sorrir, frequentar a Arena, porque está tendo alegria com seu time, e eu mantive o elenco.”

“Minha dívida real, de balanço, foi de 88 milhões, com superávit de 9,5 milhões, e deixando um ativo de mais de 700 milhões em atletas, coisa que nunca teve, recusando mais de 100 milhões de euros em quatro atletas.”

“Eu assumi o Corinthians em 2024, não tínhamos um real, e recebemos uma proposta de 8 milhões de euros pelo Wesley. Eu chamei o empresário dele e falei: ‘Confia em mim, esse garoto vai dar bons frutos’. Acabei vendendo esse moleque por 25 milhões de euros. Se eu não tivesse uma boa intenção, uma visão, teria vendido ele por 8 milhões de euros e o Corinthians deixaria de faturar 17. Hoje o Corinthians não vende mais atleta barato, patrocínio barato. O que tem de errado aí?”

CNN Esportes S/A

Com Augusto Melo, o CNN Esportes S/A chega à 99ª edição. Apresentado por João Vitor Xavier, o programa aborda os bastidores de um mercado que movimenta bilhões e é um dos mais lucrativos do mundo: o esporte.

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Fonte: CNN Brasil

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