Tiroteios e ataques aéreos israelenses mataram pelo menos 21 palestinos na Faixa de Gaza nesta quinta-feira (26), informaram autoridades de saúde locais, enquanto mediadores contatavam Israel e o Hamas para buscar a retomada das negociações de cessar-fogo para encerrar a guerra.
Autoridades de saúde disseram que um ataque aéreo israelense matou pelo menos nove pessoas em uma escola que abrigava famílias deslocadas no subúrbio de Sheikh Radwan, na Cidade de Gaza, enquanto outro ataque matou nove pessoas perto de um acampamento em Khan Younis, no sul do enclave.
Outras três pessoas foram mortas por tiros e dezenas ficaram feridas enquanto multidões aguardavam caminhões de ajuda humanitária da ONU ao longo de uma rota principal no centro de Gaza, disseram médicos, no mais recente episódio de uma série de mortes em pontos de distribuição de ajuda.
Não houve comentários imediatos do exército israelense sobre os incidentes. Israel afirma estar buscando eliminar militantes do Hamas, que atacou o sul de Israel a partir de Gaza em 2023, e libertar reféns ainda mantidos pelo grupo.
As novas mortes ocorrem enquanto mediadores árabes, Egito e Catar, apoiados pelos Estados Unidos, entraram em contato com as partes em conflito na tentativa de realizar novas negociações de cessar-fogo, mas ainda não foi definido um prazo exato para uma nova rodada, de acordo com fontes do Hamas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu insiste que o Hamas liberte todos os reféns, renuncie a qualquer papel e deponha as armas para pôr fim à guerra.
O Hamas, por sua vez, declarou que libertaria os reféns se Israel concordasse com um cessar-fogo permanente e se retirasse de Gaza. Embora tenha admitido que não governaria mais Gaza, o Hamas se recusou a discutir o desarmamento.
Militantes liderados pelo Hamas mataram cerca de 1,2 mil pessoas e fizeram 251 reféns quando atacaram Israel em 7 de outubro de 2023, de acordo com dados de Israel, que lançou uma campanha militar em resposta.
A guerra retaliatória de Israel já matou mais de 56 mil palestinos, segundo autoridades de saúde locais, e destruiu grande parte da faixa costeira. A maioria dos reféns libertados até agora foi por meio de negociações indiretas entre o Hamas e Israel.
Fonte: CNN Brasil