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Ataques israelenses em Gaza matam pelo menos 146 palestinos

A força aérea de Israel matou pelo menos 146 palestinos em novos ataques a Gaza no último dia e feriu muitos outros, disseram autoridades de saúde locais no sábado (17).

Os disparos israelenses que aconteceram desde quinta-feira (15) representam uma das fases mais mortais de bombardeios desde o fim da trégua em março. Os ataques mais recentes ocorreram após o presidente dos EUA, Donald Trump, encerrar sua viagem ao Oriente Médio na sexta-feira (16), sem nenhum progresso aparente em direção a um novo cessar-fogo.

“Desde a meia-noite, recebemos 58 mártires, enquanto um grande número de vítimas permanece sob os escombros. A situação dentro do hospital é catastrófica”, disse o diretor do Hospital Indonésio no norte de Gaza, Marwan Al-Sultan.

Autoridades de saúde locais disseram que 459 pessoas ficaram feridas em ataques israelenses no último dia.

O exército israelense disse no sábado (17) que estava conduzindo ataques abrangentes e mobilizando tropas como parte dos preparativos para expandir as operações na Faixa de Gaza e obter “controle operacional” em áreas do enclave palestino.

O sistema de saúde de Gaza está quase inoperante, com hospitais atingidos repetidamente pelo exército israelense durante a guerra de 19 meses e suprimentos médicos acabando à medida que Israel intensifica o bloqueio desde março.

A escalada, que inclui o aumento de forças blindadas ao longo da fronteira, faz parte dos estágios iniciais da ‘Operação Carroças de Gideão’, que, segundo Israel, tem como objetivo derrotar o Hamas e recuperar seus reféns.

Uma autoridade de defesa israelense disse no início deste mês que a operação não seria lançada antes de Trump concluir sua visita ao Oriente Médio.

“Estamos aumentando gradualmente as forças; o Hamas continua desafiador”, disseram os militares no sábado (17).

Bloqueio de ajuda humanitária

Especialistas das Nações Unidas alertam que a fome se aproxima em Gaza depois que Israel bloqueou o envio de ajuda para a faixa há 76 dias. O chefe de ajuda humanitária da ONU, Tom Fletcher, perguntou ao Conselho de Segurança esta semana se o país agiria para “prevenir genocídio”.

Na sexta-feira (16), Trump reconheceu a crescente crise de fome em Gaza e a necessidade de entregas de ajuda, à medida que cresce a pressão internacional sobre Israel para retomar as negociações de cessar-fogo e acabar com o bloqueio a Gaza.

Uma fundação apoiada pelos EUA pretende começar a distribuir ajuda aos moradores de Gaza até o final de maio, usando empresas privadas de segurança e logística dos EUA, mas a ONU disse que não trabalhará com a fundação porque ela não é imparcial, neutra ou independente.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse em 5 de maio que Israel estava planejando uma ofensiva expandida e intensiva contra o Hamas, já que seu gabinete de segurança aprovou planos que poderiam envolver a tomada de toda a Faixa de Gaza e o controle da ajuda.

Na sexta-feira (16), o exército israelense ordenou que os moradores de Gaza se deslocassem para o sul após pesados ​​ataques na cidade de Beit Lahia, no norte, e no campo de refugiados de Jabalia. Moradores, no entanto, disseram que tanques estavam avançando em direção à cidade de Khan Younis, no sul.

O objetivo declarado de Israel em Gaza é a eliminação das capacidades militares e governamentais do Hamas, que atacou comunidades israelenses em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e capturando cerca de 250 reféns.

Sua campanha militar devastou o pequeno e lotado enclave, expulsando quase todos os seus 2 milhões de habitantes de suas casas e matando mais de 53 mil pessoas, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza.

Os palestinos, incluindo o Hamas, e a autoridade rival do presidente Mahmoud Abbas rejeitam qualquer deslocamento de pessoas para fora de suas terras.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Ataques israelenses em Gaza matam pelo menos 146 palestinos no site CNN Brasil.

Fonte: CNN Brasil

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