Home / Finanças / Assaí corta projeção de lojas mais uma vez e vê cliente migrando para marcas mais baratas

Assaí corta projeção de lojas mais uma vez e vê cliente migrando para marcas mais baratas

No primeiro trimestre de 2025, o Assaí acelerou seus esforços para desalavancar a dívida, mas enfrentou desafios com a desaceleração do crescimento, que ficou abaixo da inflação, especialmente devido ao movimento de trade down entre os consumidores.

A companhia viu um crescimento de 2,6% nas vendas em mesmas lojas, um desempenho abaixo da inflação alimentar, refletindo uma mudança no comportamento de compra da população, especialmente nas classes de menor poder aquisitivo.

“Estamos vendo uma troca significativa de marcas e a redução no tamanho das embalagens, principalmente no Nordeste, onde a perda de renda é mais acentuada”, explica Belmiro Gomes, CEO do Assaí.

Apesar da maturação das lojas novas e do aumento das margens operacionais, o Assaí teve que revisar sua estratégia de expansão para 2026, reduzindo sua projeção de abertura de lojas de 20 para 10 unidades. A decisão foi tomada diante do aumento das taxas de juros. A companhia já havia reduzido também para 10 unidades sua projeção de lojas para 2025.

“A decisão de cortar a projeção de novas lojas não representa uma mudança de rota, mas sim uma resposta estratégica ao cenário econômico desafiador”, afirma Gomes. Para o Assaí, reduzir o ritmo de expansão visa manter o foco em rentabilidade e geração de caixa. “O objetivo é reduzir nossa alavancagem sem comprometer o crescimento de longo prazo.”

No primeiro trimestre de 2025, a companhia reportou R$ 18,6 bilhões em receita líquida, um aumento de 7,7% comparado ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido foi de R$ 117 milhões, com um crescimento de 95% em relação ao mesmo período 2024.

O EBITDA ajustado alcançou R$ 1,37 bilhão, um crescimento de 12,7%, com uma margem EBITDA de 7,4%. A alavancagem também foi reduzida, atingindo 3,15x, uma diminuição de -0,60x em relação ao primeiro trimestre de 2024, graças à sólida geração de caixa e ao controle da dívida.

A companhia também viu um avanço significativo em sua margem bruta, que atingiu 16,5%, uma melhora de 0,3 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre, impulsionada pela melhoria operacional e pelo foco na rentabilidade.

Fonte: Exame

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *