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Aquecimento do Ártico faz americanos “derreterem” no verão do hemisfério norte

Aquecimento do Ártico faz americanos “derreterem” no verão do hemisfério norte

O calor escorchante que marcou o início do verão no Leste dos Estados Unidos deverá se tornar comum nos próximos anos, alertaram cientistas. A onda de calor dos últimos dias quebrou recordes e foi formada devido a mudanças climáticas, disseram eles à revista Scientific American. Essa onda de calor específica está associada ao rápido aquecimento do Oceano Ártico, que influencia o clima dos EUA.

A mudança do clima tem favorecido o aumento da frequência e da intensidade de fenômenos climáticos chamados de estagnados, como domos quentes associados a sistemas de alta pressão. Esses sistemas que já são normalmente mais longos também estão se tornando mais prolongados.

Uma pesquisa publicada em 16 de junho na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), alerta para os perigos crescentes desses padrões climáticos duradouros, que podem causar não apenas ondas de calor, mas também chuvas intensas e inundações.

Temperaturas

Minneapolis chegou a 35,5°C (96 °F) no sábado passado. Na segunda-feira, Nova York chegou a 35,5°C. O índice de calor — ou seja, a sensação térmica real — ultrapassou os 38°C em lugares normalmente mais frios.

Cientistas da Universidade da Pensilvânia e do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley investigaram padrões atmosféricos naturais conhecidos como ondas planetárias. Essas correntes de ar oscilam para cima e para baixo ao redor da Terra — e quando se intensificam, podem causar a estagnação de tempestades ou domos quentes por dias.

Segundo a pesquisa, a intensificação dessas ondas planetárias triplicou nos últimos 70 anos. Ao mesmo tempo, eventos climáticos extremos de verão — como ondas de calor e enchentes — também se tornaram mais comuns.

Frequência

Modelos climáticos há muito preveem que esses padrões ocorreriam com mais frequência devido às mudanças climáticas. Mas, segundo os autores, este novo estudo é o primeiro a demonstrar que isso já está acontecendo.

O Ártico aquece até quatro vezes mais rápido que o restante do planeta. E isso altera a atmosfera. O resultado é o deslocamento da corrente de jato para o sul, com impacto sobre as ondas planetárias.

A pesquisa na PNAS fortalece a evidência de que o aquecimento no Ártico desempenha um papel importante. Ele mostra que períodos de temperaturas mais quentes nas altas latitudes estão associados a um aumento nos eventos de ressonância das ondas planetárias. Também demonstra que o crescente contraste global entre as temperaturas da terra e dos oceanos — já que o solo aquece mais rápido que a água — também contribui para esse fenômeno.

“A extensão dessa cúpula de calor no início do verão nos Estados Unidos é notável”, afirmou o cientista Zachary Labe, da Climate Central, em comunicado. “É um lembrete claro de que a mudança climática está tornando essas ondas de calor perigosas e opressivas muito mais prováveis, afetando milhões de pessoas.”

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Fonte: InfoMoney

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