As vendas da Apple na China caíram mais do que o previsto no trimestre encerrado em março, ofuscando os bons resultados da companhia.
Por lá, a receita caiu 2,3%, para US$ 16 bilhões no segundo trimestre fiscal, enquanto analistas estimavam US$ 16,83 bilhões.
As vendas totais aumentaram 5%, para US$ 95,4 bilhões, acima da estimativa média de US$ 94,6 bilhões. A própria Apple havia projetado um crescimento percentual na faixa de um dígito baixo a médio.
A companhia de Steve Jobs é especialmente vulnerável às tarifas anunciadas por Donald Trump em abril.
Isso porque a produção dela é centrada na China. E há tempos a empresa vem lutando para manter clientes no país asiático, um de seus maiores mercados fora dos Estados Unidos.
Logo após a divulgação dos resultados, com o mercado já fechado, as ações da fabricante do iPhone caíam mais de 2%. Os papéis da companhia haviam caído 15% neste ano até o fechamento de quinta-feira.
A Apple também anunciou planos para aumentar seu programa de recompra de ações em US$ 100 bilhões e aumentar seu dividendo trimestral em 4%, para US$ 0,26 centavos por ação.
Embora seja provável que a Apple evite o imposto de 145% sobre a China proposto originalmente pelo governo, novas tarifas sobre eletrônicos ameaçam afetar a cadeia de suprimentos da empresa — o que pode fazer com que ela tenha que aumentar os preços. Para evitar isso, a companhia já está buscando fabricar mais iPhones com destino aos EUA na Índia, em vez da China.
Em teleconferência sobre os resultados, o CEO da empresa, Tim Cook, falou sobre os planos de fabricação da empresa nos EUA. “Vamos expandir nossas equipes e instalações em vários estados, incluindo Michigan, Texas, Califórnia, Arizona, Nevada, Iowa, Oregon, Carolina do Norte e Washington. E vamos abrir uma nova fábrica para fabricação de servidores avançados no Texas”, disse.
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