A Petrobras (PETR4) iniciou 2025 com resultados financeiros robustos, registrando um lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre, um aumento de 48,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho superou as projeções do mercado, impulsionado por fatores não recorrentes, como variações cambiais. Contudo, ao desconsiderar esses efeitos extraordinários, o lucro ajustado foi de R$ 23,7 bilhões, indicando uma leve retração frente ao trimestre anterior.
Em meio a esse cenário, a companhia anunciou a distribuição de R$ 11,72 bilhões em proventos, equivalentes a R$ 0,90916619 por ação ordinária e preferencial. O pagamento será realizado em duas parcelas, nos meses de agosto e setembro de 2025, alinhado à política de remuneração aos acionistas vigente.
Apesar dos resultados positivos, o mercado permanece atento às movimentações da estatal, especialmente no que tange aos investimentos e à política de dividendos. Com um aumento de 33,6% nos investimentos em comparação ao primeiro trimestre de 2024, totalizando US$ 4,07 bilhões, a Petrobras concentra seus aportes em projetos do pré-sal, como os campos de Búzios e Atapu. Essa estratégia visa sustentar a produção e garantir a geração de valor a longo prazo.
Para entender até onde o preço das ações da Petrobras podem ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica da Petrobras
No gráfico diário, observa-se que PETR4 passou por um movimento de forte baixa recente, com destaque para a abertura de gaps consecutivos após testar a resistência na faixa do topo histórico (R$ 37,74). Esse movimento vendedor levou a ação até o suporte de R$ 29,66, mínima do ano registrada na semana passada.
A partir desse patamar, houve entrada de fluxo comprador, gerando uma reação nos últimos dias. O ativo voltou a operar acima das médias móveis de 9 e 21 períodos e, caso consiga superar a máxima da semana, poderá dar sequência ao movimento de recuperação. Neste momento, o IFR (14) marca 52,30, o que indica uma zona neutra — sem sobrecompra ou sobrevenda — e reforça a importância dos próximos dias para definição de direção.
Os níveis que se monitora como próximos obstáculos são as resistências em R$ 32,25 e R$ 33,10. Se romper essas faixas, a ação terá como próximo ponto crítico a média móvel de 200 períodos, localizada em R$ 34,20. A superação e consolidação acima desse nível pode dar novo fôlego ao papel, com alvos técnicos em R$ 36,80 e novamente o topo histórico em R$ 37,74.
Por outro lado, se o papel perder os suportes em R$ 31,65 e R$ 30,70, o sinal se inverte, com potenciais alvos de baixa em R$ 29,66, R$ 28,20, R$ 27,15 e R$ 26,55, caso o movimento negativo ganhe força novamente.

Análise de médio prazo
No gráfico semanal, a leitura do médio prazo mostra que PETR4 ainda carrega um desempenho negativo no acumulado do ano, com queda de 9,68% até o momento. No entanto, maio vem sinalizando uma possível virada, com valorização parcial de 6,40% — e caso a semana termine em alta, será a terceira consecutiva.
Esse movimento de recuperação teve início justamente após a ação testar o suporte de R$ 29,66, mínima do ano, o que gerou um ponto de inflexão relevante. Apesar disso, a ação ainda opera abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que reforça que, tecnicamente, o viés principal permanece baixista. O IFR (14) semanal encontra-se em 43,36.
Para confirmar a inversão de tendência no médio prazo, a ação precisa vencer a resistência em R$ 32,25 — faixa que também se destaca no curto prazo. Acima dela, os próximos alvos são as médias móveis entre R$ 33,10 e R$ 34,33, e, superadas essas regiões, o papel pode buscar R$ 36,55, com novo teste em R$ 37,74 (topo histórico). Se houver rompimento da máxima histórica, os objetivos passam a ser R$ 39,00 e R$ 41,30.
No cenário oposto, caso o ativo perca novamente a faixa de suporte entre R$ 31,35 e R$ 29,66, o fluxo vendedor tende a se intensificar. Nessa configuração, vejo como próximos suportes os níveis de R$ 28,20 e R$ 26,55, com projeções mais longas em R$ 25,00 e na média móvel de 200 períodos, em R$ 22,48.

Suportes e resistências da PETR4
Suportes:
- R$ 31,65 – suporte imediato
- R$ 31,35 – base intermediária próxima
- R$ 30,70 – ponto técnico relevante
- R$ 29,66 – mínima do ano e suporte importante
- R$ 28,20 – suporte intermediário
- R$ 27,15 – base de curto a médio prazo
- R$ 26,55 – suporte mais baixo antes de região crítica
- R$ 25,00 – suporte psicológico e técnico
- R$ 22,48 – média móvel de 200 períodos no semanal (suporte mais longo)
Resistências:
- R$ 32,25 – resistência imediata e ponto-chave para retomada da alta
- R$ 33,10 – próxima barreira relevante
- R$ 34,20 – média móvel de 200 períodos, nível técnico forte
- R$ 34,33 – resistência próxima à média
- R$ 36,55 – resistência antes do topo
- R$ 36,80 – alvo técnico intermediário
- R$ 37,74 – topo histórico
- R$ 39,00 – projeção de rompimento acima do topo
- R$ 41,30 – alvo estendido em caso de força compradora
(Rodrigo Paz é analista técnico)
Guias de análise técnica:
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