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Alerta vermelho: como a Nasa monitora asteroides a caminho da Terra

Quem nunca olhou para o céu e se perguntou: “E se um asteroide gigante cair agora?” Embora pareça coisa de filme de ficção científica, essa é uma preocupação real para cientistas da Nasa e de todo o mundo.

Até o final de 2024, mais de 37 mil asteroides próximos à Terra foram identificados. Eles estão sendo monitorados de perto. Assim, é possível saber com precisão se algum deles está a caminho do nosso planeta.

A busca por esses visitantes cósmicos começa com telescópios. Eles capturam imagens do céu em curtos intervalos.

Isso ajuda a identificar asteroides que se movem entre as estrelas fixas. Projetos como o Pan-STARRS1, no Havaí, e o Catalina Sky Survey, no Arizona, são protagonistas nessa missão.

O telescópio espacial NEOWISE detecta asteroides difíceis de ver. Ele usa sensores infravermelhos para captar o calor que eles emitem, funcionando como radares espaciais.

Como a Nasa investiga os asteroides?

Depois que um asteroide é detectado, começa o trabalho de calcular sua órbita.

O Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS) da Nasa, no Jet Propulsion Laboratory, sempre atualiza essas informações. Ele projeta a rota desses corpos para os próximos cem anos.

No começo, as previsões podem ter uma margem de erro grande, mas à medida que mais observações são feitas, a precisão aumenta.

Se a chance de colisão ultrapassar 1%, um alerta é acionado para a comunidade científica e órgãos públicos.

Porém, a maioria dos objetos acaba não representando perigo real, como o caso recente do 2024 YR4, que teve a possibilidade inicial de impacto descartada após mais observações.

A Nasa também usa a All Sky Fireball Network. Esse sistema tem 17 câmeras que monitoram meteoros brilhantes, chamados de fireballs. Ele ajuda a rastrear a entrada desses objetos na atmosfera e a encontrar áreas onde podem cair.

O uso de radares planetários, como o Goldstone Solar System Radar, ajuda a desenhar o perfil dos asteroides em detalhes, mesmo durante o dia e sem depender das condições do céu.

Desafios e avanços no monitoramento de asteroides

O monitoramento enfrenta obstáculos, como áreas de difícil visualização próximas ao Sol, o clima e o brilho da Lua que atrapalham os telescópios terrestres.

Para superar essas barreiras, a Nasa investe em telescópios espaciais infravermelhos. Eles operam sem parar e conseguem observar áreas próximas ao Sol. Isso amplia a detecção.

Futuros lançamentos de equipamentos mais avançados no espaço prometem tornar os alertas ainda mais rápidos, diminuindo o risco de surpresas.

Investir em monitoramento e pesquisa traz retorno de até dez vezes o valor aplicado, evitando prejuízos muito maiores em caso de impactos.

Com essa combinação de tecnologia e análise constante, a Nasa e seus parceiros garantem que saberemos com antecedência se um asteroide representa ameaça à Terra.

A capacidade de avisar cedo é essencial para preparar possíveis estratégias de defesa e evitar que a ficção científica vire realidade.

Fonte: Exame

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