O robô humanoide Ai-Da foi criada em 2019 por uma equipe de especialistas em inteligência artificial das universidades de Oxford e Birmingham. O grupo foi liderado por Aidan Meller, especialista em arte moderna e contemporânea. As informações são do portal Tech Explore.
A aparência de Ai-Da é uma mistura equilibrada entre o humano e o robótico. Seu rosto é expressivo e realista, com olhos e cabelo castanhos. Já os braços possuem metal exposto e podem ser trocados, dependendo da forma de arte que está sendo praticada.
Seu nome foi inspirado em Ada Lovelace, a primeira programadora de computadores do mundo. Em seu site oficial, ela é definida como:
- O primeiro robô artista ultrarrealista do mundo.
- Ele é capaz de desenhar e pintar usando câmeras em seus olhos, algoritmos de inteligência artificial e seu braço robótico.
- É como uma artista performática, designer e poetisa.
- Tem cativado o público com sua combinação única de arte, tecnologia e trans humanismo.
- Ai-Da desafia as noções tradicionais de arte e artistas, provocando conversas essenciais sobre o uso e o possível mau uso das novas tecnologias.
Obras e repercussão
Esta semana, a artista meio humanoide revelou um novo retrato do Rei Charles. O robô humanoide descreveu o que inspirou a obra, complexa e em camadas, e insistiu que não tem planos de “substituir” os humanos.
Um dos retratos de Ai-Da se tornou a primeira obra de arte feita por um robô humanoide a ser vendida em um leilão. A obra foi arrematada por 1 milhão de dólares. Apesar do montante expressivo, após revelar seu quadro mais recente, a robô afirmou que a importância da obra não poderia ser medida em dinheiro.
Durante um evento na missão diplomática britânica em Genebra, onde o novo retrato do Rei Charles será abrigado, a robô disse à AFP:
“O valor da minha arte é servir como catalisador para discussões que explorem as dimensões éticas das novas tecnologias, promover o pensamento crítico e incentivar a inovação responsável para futuros mais equitativos e sustentáveis.”
Ai-Da participou da cúpula da ONU “IA para o Bem”.
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Algumas falas de Ai-Da
Questionada se uma pintura feita por uma máquina pode realmente ser considerada arte, o robô insistiu:
“Minha arte é única e criativa. Se os humanos decidirem que é arte, é um ponto importante e interessante de conversa.”
Quando crio minha arte, uso uma variedade de algoritmos de IA. Não há dúvida de que a IA está mudando nosso mundo, inclusive o mundo da arte e as formas de expressão criativa humana. Mas não acredito que a IA ou minha arte substituirão os artistas humanos.
Ai-Da
Em vez disso, disse Ai-Da, o objetivo é:
Inspirar os espectadores a pensar sobre como usamos a IA de forma positiva, ao mesmo tempo em que permanecemos conscientes de seus riscos e limitações.
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Fonte: Olhar Digital